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Questionado sobre a sua intenção de aumentar a frequência de vinda das corvetas à Madeira, depois das prontidões de “Search And Rescue” que lhes são atribuídas, o responsável pelo Comando Naval manifestou o desejo de que isso aconteça, até porque é também pretensão do Almirante Melo Gomes, Chefe de Estado Maior da Armada, sempre que isso for possível e desde que não existam avarias ou mesmo acordos em que os meios estejam envolvidos. Falando dos “patrulhões”, os navios que nos últimos anos têm sido mais falados e desejados para ser aumentados ao efectivo da Armada, o responsável recordou que o quinto desta classe de navios terá o nome da capital madeirense, conforme foi anunciado pelo Almirante Melo Gomes. O “Funchal” poderá mesmo vir a fazer comissões na Madeira. Segundo o Comandante Naval, nada está ainda definido quanto à vinda para a nossa Zona Económica Exclusiva de um navio com estas características, até porque terá de ser avaliado o dispositivo operacional mais para a frente, quando estiveram prontos mais meios do que projectados na nova Lei de Programação Militar. Inicialmente o que estava planeado era um “patrulhão”, até porque era muito mais rentável numa extensa área como a nossa. Mas se não for em permanência, garantiu o Vice-Almirante, pelo menos durante mais tempo isso vai acontecer. Enquanto isso, vamos continuar, nas nossas águas, com os navios-patrulha, agora reduzidos a três no total, em condições de operarem quase sem limitações. Sabendo que imprevistos acontecem, o Vice-Almirante está confiante que a maioria dos navios que neste momento tem missão atribuída vai conseguir estar a postos para a missão que se inicia em Janeiro, no Standing Nato Maritime Group One e que durará um ano e o comando na Euromarfor, que terá a duração de dois anos.
Saldanha Lopes garante que, relativamente à Euromarfor, a Força de reacção da NATO, essa nunca está permamentemente empenhada, estando, sim, em permanente prontidão para avançar, a qualquer momento, para qualquer lugar às ordens da Aliança Atlântica. Mas a essa força naval vai juntar-se, naturalmente, a “Bartolomeu Dias”, a fragata holandesa que será entregue formalmente em Janeiro, para ser utilizada com prontidão total a partir de Setembro quando começar o “mandato” de dois anos da força naval. Recorde-se que aquela unidade vai estar disponível para participar em missões das Nações Unidas, nomeadamente no Líbano, se o mandato da ONU for renovado ou na Somália, a título de exemplo, se os cenários se mantiverem como estão neste momento. Por outro lado, enquanto não se avança com a construção do Navio Polivalente Logístico, das Lanchas de Fiscalização Costeira e dos navios de combate à poluição, é possível que os meios continuem a ser utilizados ao máximo para potenciar as suas capacidades, não obstante a frota estar cada vez mais envelhecida. Até lá, fica a sensação, pelas palavras do Vice-Almirante, de que os homens e mulheres que vestem a farda, vestem também a “camisola” e dão tudo para conseguir cumprir as missões que lhes são atribuídas. Com uma Marinha de duplo uso, sim, mas que exige múltipla dedicação... Próximos “patrulhões” mais rápidosOs sucessivos atrasos na construção dos dois novos patrulhões que vão integrar a Armada portuguesa devem-se, sobretudo, ao facto de o projecto do interior não estar suficientemente desenvolvido a dada altura do processo de aprontamento. A maior dificuldade, segundo o Comandnate Naval, é o facto de estes serem navios novos e o que falha, neste momento, é a utilização de nova tecnologia. Saldanha Lopes garante que o par seguinte, que entrará nos estaleiros quando for efectuado o contrato, terá um processo de construção mais rápido, até porque já haverá, nessa altura, a experiência adquirida com o “Viana do Castelo” e o “Figueira da Foz”. Provavelmente, se não ocorrerem mais atrasos, serão entregues à Armada durante o próximo ano.
A Marinha de duplo uso tem sido um objectivo perseguido que tem dado frutos. Aliada à Marinha de Guerra, existe a compomente de utilização não-militar, que acaba por ser de serviço público. Segundo o Comandante Naval, esta cooperação com estruturas civis é fundamental, nomeadamente com a Polícia Judiciária, com a Polícia Marítima, com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e outras instituições do Estado que necessitem do apoio da Marinha. “É uma acção fundamental” que tem vindo a dar frutos, nos últimos meses, a julgar pelos casos de apreensões de droga que têm vindo a ser tornados públicos.
1 comentário:
Quem começou a mexer nisso foi o "nosso" benfeitor Dr. Judice.
Ainda não sei quais as razões da sua intempestiva renuncia ao cargo...se alguém souber que diga
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