Escola Naval: 3 de Setembro de 1962
Quem era o OC12 quando da entrada para EN em 1962?
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Água aberta ... no OCeano |
Em 1961, durante o processo que levou à queda da Índia Portuguesa, o então 2º Ten Oliveira e Carmo bateu-se heroicamente, sacrificando a própria vida na defesa de Portugal. Em sua homenagem, a Armada decidiu que o curso a entrar na Escola Naval em 1962 o teria como patrono. Foi o “OC”. Este curso, que desde sempre fomentou e cimentou fortes laços de camaradagem e amizade, vem criar este espaço de contacto, cuidando assim de aproximar o que a lei da vida vai afastando. |
Quem era o OC12 quando da entrada para EN em 1962?
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Ramiro Soares Rodrigues
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Etiquetas: Mar, marinha, Poder Naval
Velha Goa é o maior símbolo da herança cultural portuguesa na Índia, as suas igrejas e conventos foram declarados Património Cultural da Humanidade pela UNESCO e, na sua Basílica do Bom Jesus, guarda o túmulo de S. Francisco Xavier.
Em Fevereiro de 1510 o governador Afonso de Albuquerque com 20 navios e 1200 homens entrou na barra do rio Mandovi e tomou a cidade de Goa, situada a cerca de 10 Km para montante. A cidade foi perdida algum tempo depois e, no dia 25 de Novembro de 1510, foi definitivamente conquistada por uma frota de 28 navios e 1700 homens, passando os portugueses a dominar toda a ilha de Goa.
A partir da ilha de Goa (Tiswadi), em 1543 os portugueses alargaram os seus domínios para norte (Bardez) e para sul (Salcete) por cedência do sultão de Bijapur, ao mesmo tempo que as ordens religiosas se instalaram e iniciaram um processo de cristianização.
Governada por um Vice-Rei, a cidade de Goa tornou-se rapidamente na sede oriental do poder marítimo português e da Cristandade, atingindo uma elevada prosperidade, como atestam os clássicos relatos de Jan Huygen van Linschoten e de Francisco Pyrard de Laval, bem como as admiráveis descrições de Tomé Pires, Duarte Barbosa, João de Barros, Diogo do Couto e Fernão Lopes de Castanheda.
A partir de meados do século XVII iniciou-se um longo período de declínio, devido sobretudo à guerra com os holandeses, que Charles Boxer classificou como “uma luta que foi travada em 4 continentes e 7 mares e que merece muito mais ser chamada a Primeira Guerra Mundial do que o Holocausto de 1914-1918, a que geralmente se atribui essa honra duvidosa”.
Uma epidemia assolou a cidade de Goa e, aos poucos, os seus residentes abandonaram-na e mudaram-se para os subúrbios de Panelim e Ribandar. O efeito continuado e agressivo da monção, a menor qualidade dos materiais de construção e o abandono, fizeram com que a generalidade dos edifícios construídos na primeira metade do século XVI na velha cidade tivessem desaparecido, tendo sobrevivido apenas algumas igrejas e conventos. A expressão Velha Cidade ou Velha Goa começou então a ser adoptada. A extinção das ordens religiosas que aconteceu mais tarde, ditou o definitivo abandono da velha cidade, que se transformou num extenso campo de ruína.
Na segunda metade do século XVIII o território de Goa alargou-se com a anexação das províncias de Perném, Bicholim, Satari, Pondá, Sanguem, Quepem e Canácona, que passaram a ser designadas por Novas Conquistas, enquanto os outros territórios passaram a ser conhecidos como as Velhas Conquistas.
O prolongado declínio do território parecia chegar ao fim e a sua capital foi transferida para Pangim ou Nova Goa, que em 1843 passou a ter o estatuto de cidade, com as construções então idealizadas a serem consideradas, ainda hoje, como referências importantes da sua arquitectura.
Em 1932 os monumentos da Velha Cidade foram classificados pelas autoridades do Estado Português da Índia, mas só na década de 50, por iniciativa do Governador Vassalo e Silva, foi feita uma tentativa bem sucedida de recuperação do importante património arquitectónico de Velha Goa.
A partir de 1986 a UNESCO declarou as igrejas e os conventos de Velha Goa como Património Cultural da Humanidade e, actualmente, a Velha Cidade é o principal pólo de atracção turística e cultural do Estado de Goa.
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Neste entardecer do primeiro de Dezembro permitam-me que compartilhe um poema retirado da Mensagem de Fernado Pessoa
Quinto
NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fatuo encerra
Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
Tudo é incerto e derradeiro.
Tido é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro …
É a Hora!
Valete, Fratres.
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Ferreira da Silva
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Com a devida vénia transcrevo o texto:
“in Jornal de Angola on line - Ano 9 | Edição Online nº 2755 | Sábado, 28 de Fevereiro de 2009”
As mabubas de Kalandula de Artur Queiroz
A mandioca do Kimbele e de Kalandula nunca foi amarga, como aquela do Luinga que tínhamos de pôr de molho nas águas barrentas do Kanuango. Nas aldeias, os camponeses de Malanje vendiam salalas do melhor bombô do mundo. E com sorte ainda avistávamos uma palanca bem negra, elegante na sua correria louca pelo capim novo de Novembro.
Em Kalandula, afamada de Duque de Bragança desde o século XIX, ficávamos horas a contemplar as mabubas de Lia’nzundo, nome poético que alguém baniu dos dicionários e das memórias. Há por lá um rochedo que tem marcado o pé da rainha Jinga. Tal qual nas mabubas do Kanakajungo, a caminho do Bindo. Mesmo em frente às quedas de água havia um barbeiro com sua casinha de adobe. O artista navegava entre a bebedeira e a loucura sifilítica enquanto cortava pêlo duro e pêlo que voa. Tinha duas belas filhas, sempre acenando amores aos viajantes.
Foi nos areais entre Kangola e Kimbele que vi pela primeira vez um homem chorar a sua amada, mordida mortalmente pela surukuku. E ele cantava uma canção dolente sem acompanhamento de marimbas nem tambores.
Por ti meu amor, meu poema de riso de cristal, dava a volta ao mundo pelo lado das mabubas de Lia’nzundo, pelo mar das tormentas, pelo cabo da bela esperança, pelo madrigal de uma camponesa de riso aberto e faces de loengos maduros.
Por ti meu amor, eu era pássaro com asas tão finas como a espuma que se desprende das águas de Lia’nzundo e envolve o teu corpo inanimado como as canções da infância.
Por ti meu amor, dava voz a este semba, libertava o grito sufocado e depositava no teu colo o melhor vinho das palmeiras do mais velho Moka.
Por ti meu amor, dava o corpo ao veneno da surukuku e mergulhava para sempre nas margens alagadas do Lukala, ali pertinho do Tango, onde o jacaré dança em cima das águas. Como dizia o bardo cabo-verdiano Silva Tavares, num poema com sabor a mar azul, se Deus é grande, o amor é ainda maior.
A canção não restituiu a vida à bela adormecida pela picada da cobra e os cânticos extinguiram-se nas montanhas distantes da Lunda. Ainda se fosse um beijo de mãe... As feridas em carne viva, a dor mais violenta passa logo quando uma mãe beija a região dorida. E não há morte que resista a um canto de ninar de uma mater dolorosa. Mas se até a Mãe está moribunda, que fazer?
Já ninguém compra os sorrisos prometedores das filhas do barbeiro de Kanakajungo nem sequer salalas de bombô. Esse tempo está tão distante como a agonia dos escravos que continuavam a encher os porões dos barcos negreiros muito depois da abolição da escravatura. Mas a escravatura foi hoje e amanhã é uma faca longa cravada na nossa consciência. Nada que tenha o sal da mágoa passou ou passará a ser doce. Nenhuma dor funda se perde na distância.
As águas revoltadas do Lucala continuam a despenhar-se no abismo líquido de Kalandula, naquele fantástico rio de espuma. Os escravos continuam a arrastar as suas correntes pelo mundo, levando as crises financeiras pela trela, pagando todas as facturas, movendo todos os engenhos do açúcar do lucro fácil. E nós, os que crescemos nesse pântano, já nem sequer temos um beijo de mãe para nos aliviar a dor e curar a ferida em sangue. À média luz vou pensando que já é tempo de levar para a frente aquela combina do socialismo que nos iluminou o caminho no tempo do Kaprandanda. Mesmo que não seja a pousada da sétima felicidade, pelo menos torna mais fácil detectar os kifumbes que nos colocam de mãos no ar e devastam os bolsos.
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Ramiro Soares Rodrigues
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Etiquetas: Crises
Se o cricket é o desporto nacional da Índia, o futebol é o desporto nacional de Goa e, para muitos goeses, é quase como uma religião, sobretudo na província de Salcete, no sul de Goa, onde se joga nas várzeas, nos adros das igrejas e nos mais improvisados locais.
O futebol foi introduzido em Goa em 1883 pelos portugueses, mas só se desenvolveu a partir dos anos 50, quando os contingentes militares forneciam jogadores que alimentavam as equipas. O primeiro campeonato, que então era chamado 1ª Divisão, disputou-se em 1951 e foi ganho pelo Grupo Desportivo de Chinchinim. Em 1959 foi criada a Goa Football Association, cujo primeiro Presidente da Assembleia Geral foi o Comandante Abel de Oliveira, que era então o Capitão dos Portos do Estado da Índia.
Actualmente, as principais equipas de Goa são identificadas pelo nome das empresas patrocinadoras e são as seguintes:
Vasco Sports Club – Fundado em 1951 em Vasco da Gama, foi campeão de Goa por 6 vezes.
Salgaocar Sports Club – Fundado em 1956 em Vasco da Gama, já foi 18 vezes campeão de Goa.
Dempo Sports Club – Fundado em 1968 em Pangim, que foi campeão de Goa 11 vezes e 3 vezes campeão da Índia.
Churchill Brothers Sports Club – Fundado em 1988 em Margão, que foi 7 vezes campeão de Goa e é o actual campeão da Índia.
Sporting Club de Goa – Fundado em 1999 em Pangim, a partir de 2003 passou a disputar a NFL.
Em 1996 iniciou-se a National Football League por iniciativa da All India Football Federation, a fim de promover o desenvolvimento e o profissionalismo do futebol no sub-continente indiano. Começaram a aparecer jogadores brasileiros e nigerianos, vieram treinadores do estrangeiro e o futebol indiano deu um salto qualitativo.
Em 2007 a NFL deu origem à I League e, actualmente, está em disputa a 14ª edição da prova.
O quadro seguinte mostra que, nas 13 edições já realizadas, os 39 lugares de honra foram ocupados 19 vezes pelas equipas de Goa, tendo também sido campeãs da Índia por 5 vezes.
Este quadro evidencia a qualidade do futebol de Goa relativamente às outras equipas do país, embora o seu nível ainda não seja internacionalmente competitivo. O PJN Stadium, ou Nehru Stadium ou, simplesmente Fatorda, localizado em Margão, pode receber 28.000 espectadores e é o local onde jogam todas as equipas goesas que disputam a I League.
Porém, o futebol de Goa é um espectáculo diferente do que se observa na Europa ou na América do Sul, pois ainda tem estruturas muito amadoras, não há claques organizadas, há pouco clubismo militante e os espectadores limitam-se a vibrar com um espectáculo que os diverte.
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