quinta-feira, 20 de outubro de 2022

ESTÓRIAS OCEÂNICAS

 Iniciado há pouco tempo o nosso 2/o ano, ano lectivo 1963/64. Temos a notícia que a nossa viagem de instrução na Sagres vai ser antecipada. Vamos participar na regata dos “Tall Ships” , Lisboa-Hamilton (Bermudas). Está regata é organizada pela STA, Sailing Trainning Association, que foi criada pelo então Príncipe Filipe da Inglaterra e pelo Embaixador Theotónio Pereira. 

Entramos em polvorosa, viajar até às Bermudas, seguir para New York, ver a World’Fair, e a seguir mais algumas cidades portuárias da Costa oriental.

Entretanto apanhamos um balde de água fria, o Director de Instrução seria o já promovido Cte. Sousa Machado, o Instrutor de Navegação o 1/o Ten. Cirne de Castro e finalmente o Instrutor de Infantaria o 1/o Ten. Catalão. Um trio que para nós nos metia medo. No entanto a história mostrou precisamente o contrário, um trio de Oficiais que foram uns autênticos Camaradas e que nos ensinaram e formaram a nossa maneira de ser futura.

O Cte. Sousa Machado reúne no anfiteatro com o nosso curso para uma directivas prévias. Decide encarregar alguns dos Cadetes de determinadas actividades. Assim para a realização do “Jornal de Bordo”, nomeia o Almeida Cavaco. Para adjunto do Rancho encarrega o Sousa Pinto, pelos paióis de abastecimento nomeia o Camilo Alves. Em seguida pelo controlo das publicações nomeia o Teixeira de Aguilera, para as publicações classificadas nada melhor que o Serradas.

Depois pergunta quem deverá ser o “orador” em Hamilton, o curso sugere o Joaquim, (Godinho Veiga), mas o Cte. Sousa Machado nomeia o Kid Max (Monteiro Marques). Depois coloca idêntica questão para New London, e nós insistimos no Joaquim; este defender-se que não teve a disciplina de Inglês no Instituto Técnico, mas o Cte. s. Machado afirma então que será o Godinho Veiga e que tem tempo para aprender inglês na viagem.

Finalmente faltava o Adj. do Instrutor de Navegação. Havia uma rivalidade entre o torrejando Sousa Machado e o penicheiro Patrício Leitão, rivalidade que existia entre as duas cidades. Como seu sorriso malandro o Director de Instrução nomeia o Leitão para Adjunto do então 1/o Tenentte Cirne de Castro.

Basta dizer que estes Oficiais ficaram no apreço do O. C. e que se não estão presentes , os três, às cerimónias dos nossos 60 anos é porque o Comandante Sousa Machado já faleceu, infelizmente.

Nota: está estória contou com a participação do OCeano Patrício Leitão.

ESTÓRIAS OCEÂNICAS

 Está estória passa-se com um OCeano, durante o nosso primeiro ano. Telefona um familiar do nosso OCeano para o Oficial de Dia, o então 1/o Tenente Costa Catalão, a informar que tinha falecido uma avó do Cadete, no caso o Raúl Patrício Leitão. O oficial toma nota e à formatura para o jantar chama o OCeano ao seu gabinete. Quando o P. Leitão chega ao gabinete, enrascado à espera de ter sido detectado numa falca, o Oficial vai buscar o papel com a informação, mas não encontra o papel. Então e num desenrasca típico, pergunta ao Cadete quantas avós tem. O P. Leitão, aliviado por não ser nenhum castigo à vista responde naturalmente: Duas, shor tenente. E o 1/o Tenente com um ar pesaroso diz: shor Cadete, tinha duas, agora só tem uma.

E lá foi o Cadete Patrício Leitão de licença de  nojo, ainda sem saber qual a avó que tinha falecido.

OCEANOS

 Nasce a 20 de Outubro de 1944 ingressando nos OCeanos em 1962. Refiro-me ao Carlos Rodrigues Rodolfo. Bom aluno, alimentou as boas notas de alguns dos seus camaradas sem nunca ter recebido nada em troca, por vezes nem mesmo um agradecimento. Depois de uma curta vida na classe de Marinha, frequentou e ingressou na classe de Engenheiros de Material. Desde então a sua carreira naval variou bastante, Professor da Escola Naval, Adido de Defesa e Naval nos USA são dois bons exemplos.

Caro Camarada, que tenhas um óptimo aniversário na companhia dos teus e que o repitas muitas vezes com saúde e boa disposição.

Um Abraço