A NATO finalmente organiza-se.
A reorganização da estrutura de comando da NATO ontem anunciada deve pôr termo a um processo que se arrasta há dez anos. De facto, a reorganização ocorrida há uns seis anos, não foi mais do que a possível face às várias resistências dos países membros, entre os quais Portugal, que queriam preservar os orgãos que tinham sediados nos seus territórios, o que lhes daria importância, visibilidade e proveito. Assim, a última reorganização ficou aquém do inicialmente desejado, sendo o caso português paradigmático. O plano inicial preconizava dois comandos de segundo nível, os Joint Forces Headquarters, e acabou por ter três, graças, digo eu, à amizade do MDN Portas com o Secretário da Defesa Rumsfeldt. Tiveram que inventar funções para este HQ, que sendo conjunto como era moda, meteu uma multidão de militares lá dentro. Ainda por cima, com o alargamento, foi preciso arranjar lugares para mais países. Volta-se agora ao plano inicial, eliminando o JHQ Lisbon (Oeiras) e dando-nos, em compensação, a sede da STRIKFORNATO e da escola de CIS, que era em Latina (Roma). Parece-me bom negócio, nas circunstâncias, e é irónico ver Oeiras voltar a ser naval, com funções parecidas com as suas originais funções, que tantos engulhos causavam cá na terra.
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