quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Zona Euro e a União Europeia

"A União Europeia e o Neoliberalismo. De que estamos a falar?"
"Dentro das especificidades deste Continente salientemos duas: a debilidade da sua economia no contexto internacional e o crescente peso da economia não registada.Falemos da debilidade estrutural. É uma debilidade em sectores produtivos estratégicos, em inovação tecnológica, na valorização dos recursos humanos, em recursos energéticos. É uma debilidade em políticos capazes de influenciar uma alteração radical e decisiva para o futuro. É uma debilidade no conhecimento da sua própria posição à escala mundial e do papel que lhe está reservado. É uma debilidade que se pode expressar na frase:"
 A Europa vai ser comprada pela China e pelos príncipes árabes
"Este é o título dado a uma entrevista de José Félix Ribeiro ao Público, em 5 de Agosto de 2010. Este       ilustre   economista, subdirector-geral do Departamento de Prospectiva e Planeamento até à sua aposentação, que soube manter-se afastado do mediatismo, nessa entrevista deixa alguma formulações que são relevantes para a compreensão da actual “crise do euro”: “o euro, na prática, não é uma resposta europeia à globalização. É, antes do mais, uma resposta à unificação alemã”; “Não vejo que a Alemanha queira sair do euro nem que a sobrevivência do euro esteja em causa. Penso que a Alemanha tem uma ambição, que esta crise veio fortalecer, que é a de redesenhar o mapa monetário mundial. O que uma parte da elite alemã gostaria era que tivéssemos um sistema monetário com três pólos: o dólar, o euro e o yuan chinês. Há uma parte dessa elite que vive muito mal com o modelo anglosaxónico de capitalismo e com o seu domínio da economia mundial. Nessa medida, seria um suicídio colocar em causa o próprio euro, porque é ele que lhe dá, apesar de tudo, uma outra dimensão para negociar este sistema tripolar que o marco dificilmente teria mesmo que fosse agora reinventado”."


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