segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Fio de Prumo

Embora um pouco atrasado não resisto a referenciar aqui um muito interessante escrito do Coronel Luís Alves de Fraga,   publicado no seu blogue "Fio de Prumo" em 17 de fevereiro p.p.
O assunto é a atual situação das FA ... realço a seguinte parte:
"Mário Crespo tinha obrigação de saber que é crime, pelo menos moral, descartar obrigações relativamente a seres humanos que serviram denodadamente a Pátria quando eles já não são prestáveis! E é exactamente isso que os Governos, de há cerca de vinte anos a esta parte, vêm fazendo com as Forças Armadas e com os veteranos de guerra." 
E um pouco mais à frente:
"Se Portugal não quer ter Forças Armadas tem de assumir, uma vez por todas, essa responsabilidade histórica. A responsabilidade histórica de abdicar de possuir e manter o aparelho militar dissuasor mínimo que garanta a manutenção mínima da soberania nacional. Se Portugal quer passar a apostar exclusivamente na manutenção das forças de segurança interna tem de o afirmar publicamente. Se Portugal quer desarmar toda e qualquer capacidade de retaliação militar perante uma ameaça externa tem de ser capaz de o dizer nacional e internacionalmente. Mas tem de ser o Governo a fazê-lo e a arcar com o peso dessa responsabilidade." 

Quem estiver interessado em ler a totalidade do escrito pode seguir esta ligação. 


3 comentários:

O José Aguilar disse...

Reputo que é de ler a peça inteira. A análise parece-me serena e justa. Como provavelmente muito boa gente, não tenho Mário Crespo por voz de ninguém (a não ser de si próprio) e penso que revela muitas vezes parcialite aguda e outras indesculpável ignorância. Não seria grave, num pais em que toda a gente se sente autorizada a dissertar sobre aquilo de que pouco sabe, não fosse o pequeno senão de a voz de um jornalista televisivo ser muito (demasiado) amplificada. Desde a consolidação do Estado democrático que estou à espera de um debate sério sobre as Forças Armadas. Sentado.

O Jorge Lourenço Goncalves disse...

Este senhor jornalista/comentador tem a amnia de "dizer coisas", sobretudo desde que foi afastado do "tacho" de correspondente da RTP1 em Nova Iorque por, alegadas, irregularidades...

O Luís Silva Nunes disse...

Peço desculpa ao JG, mas para evitar confusões clarifico que o seu comentário se dirige a Mário Crespo e não ao autor do escrito publicado no "Fio de Prumo". Não é assim Jorge?