Fio de Prumo
Embora um pouco atrasado não resisto a referenciar aqui um muito interessante escrito do Coronel Luís Alves de Fraga, publicado no seu blogue "Fio de Prumo" em 17 de fevereiro p.p.
O assunto é a atual situação das FA ... realço a seguinte parte:
"Mário Crespo tinha obrigação de saber que é crime, pelo menos moral, descartar obrigações relativamente a seres humanos que serviram denodadamente a Pátria quando eles já não são prestáveis! E é exactamente isso que os Governos, de há cerca de vinte anos a esta parte, vêm fazendo com as Forças Armadas e com os veteranos de guerra."
E um pouco mais à frente:
"Se Portugal não quer ter Forças Armadas tem de assumir, uma vez por todas, essa responsabilidade histórica. A responsabilidade histórica de abdicar de possuir e manter o aparelho militar dissuasor mínimo que garanta a manutenção mínima da soberania nacional. Se Portugal quer passar a apostar exclusivamente na manutenção das forças de segurança interna tem de o afirmar publicamente. Se Portugal quer desarmar toda e qualquer capacidade de retaliação militar perante uma ameaça externa tem de ser capaz de o dizer nacional e internacionalmente. Mas tem de ser o Governo a fazê-lo e a arcar com o peso dessa responsabilidade."
Quem estiver interessado em ler a totalidade do escrito pode seguir esta ligação.
3 comentários:
Reputo que é de ler a peça inteira. A análise parece-me serena e justa. Como provavelmente muito boa gente, não tenho Mário Crespo por voz de ninguém (a não ser de si próprio) e penso que revela muitas vezes parcialite aguda e outras indesculpável ignorância. Não seria grave, num pais em que toda a gente se sente autorizada a dissertar sobre aquilo de que pouco sabe, não fosse o pequeno senão de a voz de um jornalista televisivo ser muito (demasiado) amplificada. Desde a consolidação do Estado democrático que estou à espera de um debate sério sobre as Forças Armadas. Sentado.
Este senhor jornalista/comentador tem a amnia de "dizer coisas", sobretudo desde que foi afastado do "tacho" de correspondente da RTP1 em Nova Iorque por, alegadas, irregularidades...
Peço desculpa ao JG, mas para evitar confusões clarifico que o seu comentário se dirige a Mário Crespo e não ao autor do escrito publicado no "Fio de Prumo". Não é assim Jorge?
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