sábado, 18 de fevereiro de 2012

Somos ou Não Somos Diferentes? - Parte 2

Numa interpretação muito pessoal do meu contrato de trabalho com a Pátria, considero que:

1. A minhe obrigação é matar e morrer, em defesa da Pátria, onde e quando a Pátria assim o determinar.

2. Neste contexto, não é previsível que seja admitido que eu só possa mater e morrer, em defesa da Pátria, das 09:00 às 17:00 horas, dos dias de semana, com excepção do intervalo, para almoço, das 12:00 às 13:00 horas, nem que eu não pudesse matar e morrer, em defesa da Pátria, aos Sábados e Domingos, nem durante os 22 dias de férias a que tivesse direito.

3. É igualmente improvável que eu tivesse direito a receber horas extraordinárias se, por acaso, eu tivesse de matar e morrer, em defesa da Pátria, fora do horário normal de trabalho.


Uma vez mais, desafio, quem quer seja, a apresentar-me um contrato de trabalho equivalente.


Jorge Beirão Reis escreve de acordo com a antiga ortografia.

6 comentários:

O Jorge Lourenço Goncalves disse...

Esta está impagável.
Posso partilhar citando a autoria?

O José Cruz disse...

Boa! Argumentos irrefutáveis por quem quer que seja.
Posso assinar por baixo?

O Jorge Beirão Reis disse...

Afirmativo!

Um abraço,

Jorge Beirão Reis escreve de acordo com a antiga ortografia.

O Gago disse...

O Solnado não tinha contrato, mas entendia-se com o inimigo...

Tiro o chapéu, está excelente.
Obrigado Beirão.

O Montalvão disse...

Caro Jorge
Estou contigo!!Um grande abraço
Jaime

O Manel disse...

Estás em grande forma Jorge.