OCEANOS
(Sesimbra)
Neste dia 26 de Agosto de 1964, durante o quarto das 0400 às 0800 avistou-se pela proa o Farol do Espichel. O curso Oliveira e Carmo embarcado na Sagres estava prestes a concluir a segunda trans-atlântica. Estavam de quarto o oficial navegador, o então Primeiro-Tenente Martins e Silva e o 5/0 grupo dos OCeanos. Acabamos por fundear já no quarto seguinte ao largo de Sezimbra.
À tarde foi a saída para o exercício de desembarque, comandadas pelo nosso instrutor o então Primeiro-Tenente Costa Catalão.
13 comentários:
Que saudades!
A tua memória continua a pontuar em grande! Pela minha parte, o meu muito obrigado por transportares para os dias de hoje a recordação destes momentos.
Quanto aos oficiais, também nos acompanhava o 1º Ten. Fialho Palma, a quem "palmámos" o boné antes da partida. Lembram-se do motivo?
Caro Cruz
Estás enganado. Os oficiais da Sagres eram: Cte. Silva Horta, Imed. Ferreira da Costa, Primeiros tenentes Figueiredo (AN), Fernando Gomes (Máq.) Martinsc e Silva (Navegador), Conceição e Silva, Seg. Ten Moitinho de Almeida, G.M. Moreira Freire, Machado dos Santos e Silva Nunes. Da E. Naval: Cap. ten. Sousa Machado, Primeiros-tenentes Cirne de Castro e Costa Catalão.
O Prim. Ten. Fialho Palma embarcou connosco numa fragata, creio eu.
Penso não ter sonhado, mas nós uma vez em Sesimbra fizemos um exercício nocturno em que havia uma força atacante (acompanhadas por um daqueles oficiais) e outra defensiva. Podia haver prisioneiros que como tal, seriam alvo de algumas "patifarias". Ora os oficiais em princípio eram neutros em relação à força que cada um acompanhava, a não ser que tirassem o boné em que passariam a fazer parte dela com todas as consequências inerentes.
Da força atacante fazia parte o Vacas que, disfarçado em cima de um burro, passou de noite pelo acampamento da força defensiva e lá largou qualquer coisa incendiária, uma granada, talvez.
Acontecia que o Ten. Fialho Palma, a quem nós queríamos pregar uma partida, tinha uma cabeça muito grande e o boné de qualquer outro camarada não lhe servia. Por isso, lho roubámos. Já não me lembro como é que ele resolveu o problema.
A tua memória situará no tempo este episódio.
O GM Moreira Freire era o oficial dos guerrilheiros, o Cte. Da força de desembarque era o 1/0 Ten. Costa Catalão .
A história do boné do FP não me recordo quando aconteceu. Mas o F. P. Só aparece na E.Naval rendendo o B. Pessoa.
Estes fenómenos da memória são tramados!
Alguém quer dar um contributo?
Ao contrário do Speedy eu cá já me habituei às trocas e baldrocas provocadas pelas falhas de memória ... é a vida. Lembro-me bem (penso eu de que) do desembarque em Sesimbra (eu fazia parte dos "guerrilheiros"/"terroristas") e de algumas peripécias nocturnas ... do FP é que não me lembro, nem do episódio relatado pelo NC.
O Fialho Palma não entra nesta história de certeza. Eu era guerrilheiro e o chefe era o Freire. O Palma só vem para a EN a seguir à viagem.
Bom, parece que o FP tem de sair deste filme. Mas tenho presente a história do boné e não a devo ter inventado. Ter-se-á passado com o Catalão? Talvez, e admiro-me de nenhum de vocês se lembrar dela.
Embora não tenha sido essa a minha intenção, esta história serviu, para além de aclarar memórias, para animar um pouco o blogue, adormecido pelas férias.
Esqueci-me de referir o Capelão Melo que também embarcou na Sagres, com o nosso curso.
E também o médico, o Dr. Ponce.
Tens toda a razão. Agora é que parece que está referida toda a oficialidade da Sagres.
A história, parece que agora me está a emergir um pouco na memória, foi com o Catalão (se o calhar ver, ainda lhe pergunto se se lembra do episódio. Tenho uma reminiscência de o ver sair com um boné emprestado, não sei é onde fui buscar o FP. Admiro nenhum de vocês se lembrar disto.
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