A Marinha … “além de tudo, é sempre uma boa aventura!”

Vem isto a propósito de uma situação que pude observar à distância (obviamente sem qualquer interferência) e que me incomodou sobremaneira. Muito sucintamente: aqui há uns anos uma jovem algarvia, longe de Lisboa e da margem sul do Tejo, licenciada, resolve juntar-se à Marinha (TSN RC). Abraça a sua nova carreira com determinação e entusiasmo, desenvolvendo a sua actividade com profissionalismo, competência e vontade de bem-fazer. Às tantas a sua chefia directa é ocupada por uma personalidade (uma jovem também) que se viria a revelar mal preparada para as funções que exercia e dona de atitudes e comportamentos que eu classificaria de, pelo menos, inadequados. Sem controlo ou supervisão correctora por parte das chefias intermédias (por ser uma área menos importante/nobre?), a convivência deteriora-se e surgem situações pouco claras e delicadas. Entretanto acontece um concurso para os QP. A jovem algarvia, que aprendeu a gostar da instituição, tenta o ingresso. De acordo com critérios mensuráveis alcança uma posição cimeira mas tendo em conta a componente subjectiva, indicada pela chefia directa, é relegada para a última posição da sua especialidade. Pode-se calcular o desapontamento e a frustração da jovem que se viu “obrigada” a procurar outro caminho e a abandonar, com pena, a Marinha. Com o seu Mestrado em fase de conclusão, é rapidamente contratada por uma Universidade em Inglaterra onde exerce actualmente a sua especialidade com sucesso e reconhecimento.
Como disse antes, o bom funcionamento de uma organização exige padrões elevados no comportamento do seu pessoal. Esta situação incomodou-me … fez-me impressão ver a correcção, a dedicação plena e a boa-vontade serem “punidas”. Não me parece que a Marinha tivesse ganho o que quer que fosse com o que se passou e só espero que tudo isto não tenha sido mais do que uma infeliz excepção.
Como disse antes, o bom funcionamento de uma organização exige padrões elevados no comportamento do seu pessoal. Esta situação incomodou-me … fez-me impressão ver a correcção, a dedicação plena e a boa-vontade serem “punidas”. Não me parece que a Marinha tivesse ganho o que quer que fosse com o que se passou e só espero que tudo isto não tenha sido mais do que uma infeliz excepção.
4 comentários:
Pena não teres podido intervir...
Sob o poto vista teórico o tema está bem enquadrado, como me parece igualmente bem contextualizado.Se assim foi, e fazendo fé apenas na informação disponibilizada, parece tratar-se de uma "injustiça". Será só isso que se passou? Nada mais haverá a acrescentar ao contexto e à situação?
Trata-se de um caso que não é comum acontecer! O que é que eles sabem que eu não sei, que tu não sabes, que nós não sabemos? O Mimoso tem razão, só uma intervenção tua junto do DSP/SSP poderia ajudar a esclarecer o caso ...!
Assim, à primeira vista parece coisa de "mulheres"! Não se pode saber mais qualquer coisa? A outra era da EN? E se é e vai a CEMA? Não se pode "exterminá-la"?
Percebo e considero legítimas as observações do João Pires Neves mas sei o suficiente para dizer que caso tenha havido (e houve!) alguma benevolência na descrição dos factos, essa benevolência não se aplica à jovem "injustiçada" que aliás, também o sei,seria sempre contrária a qualquer tipo de intervenção exterior.
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