OLÁ OC
Dado que o nosso inestimável e indispensável Jota resolveu meter férias do Bom Dia OC, ficámos todos um bocado descalços... Assim cabe-nos a nós todos dar um input e tentar preencher o vácuo deixado pelo desertor. (VOLTA,JOTA;ESTÁS PERDOADO...)
Assim proponho que todos ou alguns de nós editemos uma espécie de bons dias ao OC, em molde provisório faça, e vamos ver o que dá.
Para já proponho que a rubrica se chame OLÁ OC.
E como hoje é 4 de Outubro aí vai uma sentida homenagem de um Republicano a um oficial de Marinha:
Almirante Carlos Cândido dos Reis
Nasceu em 1852 e morreu em 1910, na Travessa das Freiras, em Arroios, Lisboa.
Teve uma carreira militar na Armada chegando ao posto de vice-almirante. Nunca ocultou as suas convicções republicanas, participando inclusive em manifestações públicas. Foi, por isso, um dos líderes republicanos com maior evidência na propaganda contra a Monarquia e contra os abusos do clero.
Se o movimento revolucionário, a 28 de Janeiro de 1908, não tivesse falhado, Cândido dos Reis teria chefiado o movimento. Depois deste fracasso, empenhou-se cada vez mais na sua actividade contra a Monarquia. Juntamente com João Chagas, marcou uma revolução para 20 ou 21 de Agosto de 1910. Devido a uma denúncia tiveram que adiar essa revolução. Todavia, a 28 de Agosto de 1910, o Partido Republicano conheceu um importante triunfo: são eleitos dez deputados entre os quais se encontra Cândido dos Reis.
Perante esta situação, abre-se caminho para a revolução republicana, que ficaria agendada para a madrugada de 4 de Outubro. A morte do Professor Miguel Bombarda, na tarde do dia 3, membro do comité civil e amigo do vice-almirante, fez recear a revolução, mas Cândido dos Reis avançou contra todas as hesitações.Os oficiais da Armada juntaram-se então no local e na hora combinados. Sob a chefia de Cândido dos Reis foi suposto dirigirem-se aos navios e fazerem desembarcar as guarnições disponíveis, com o fim de travarem o combate final contra a Monarquia. Contudo surgiram algumas contrariedades, pois a revolução em terra falhara, os sinais combinados encontravam-se todos trocados e travava-se uma batalha sangrenta. Para evitar uma chacina ainda maior, Cândido dos Reis libertou os seus companheiros de qualquer actividade e desmobilizou-os. Dando a revolução como falhada Cândido dos Reis foi para casa da sua irmã, na Rua de D. Estefânia. Pouco depois das cinco horas da manhã, quando já não se ouvia o troar da artilharia, saiu de casa. Às 6 horas da manhã era encontrado morto na Travessa das Freiras.
A sua morte levantou desde logo dúvidas, ignorando-se se foi suicídio ou assassínio.
Após tentativas frustradas de revolução e de algumas décadas de propaganda contra o regime monárquico, o regime republicano foi instaurado em Portugal, a 5 de Outubro de 1910, por meio de uma revolução armada organizada por conspiradores militares e civis, congregados em torno do Partido Republicano e de duas organizações secretas de cariz social diferente (a Maçonaria e a Carbonária).
Após tentativas frustradas de revolução e de algumas décadas de propaganda contra o regime monárquico, o regime republicano foi instaurado em Portugal, a 5 de Outubro de 1910, por meio de uma revolução armada organizada por conspiradores militares e civis, congregados em torno do Partido Republicano e de duas organizações secretas de cariz social diferente (a Maçonaria e a Carbonária).
Os dirigentes revolucionários tinham previsto que a revolução triunfaria facilmente em Lisboa e seria depois proclamada no resto do País por telégrafo. Assim veio efectivamente a acontecer, dado que os combates, de dimensão relativamente reduzida, se circunscreveram unicamente a Lisboa (Rotunda).
A República instituiu um regime de igualdade política, nomeadamente no campo das liberdades de associação e expressão e dos direitos eleitorais, mas não realizou a igualdade social, nunca conseguindo encontrar meios para eliminar as precárias condições de vida da grande massa da população, extremamente pobre e com elevado nível de analfabetismo.
1 comentário:
Muito bem Fernando. Começas bem e espero que continues, dando largas à tua veia de historiador.
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