domingo, 29 de setembro de 2013

ESTÓRIAS OCEÂNICAS 10

Estando a Sagres atracada em New London, realizaram-se regatas à vela entre os cadetes dos vários países, em Newport. As regatas realizaram-se numa classe de embarcações à vela, "Blue Jay" semelhantes ao "Snipe" mas mais pequenas. Na altura eram destinadas ao adestramento do velejador para regatas.
Os dois Oceanos mais uma vez ficaram em 2º lugar, o 1ºlugar foi sempre ganho pelos italianos em que um deles era olímpico. Embarcados no Blue Jay atribuído aos Oceanos, o "proa" descobriu na gaveta junto ao mastro uma fita branca para cabelo e resolveu coloca-la na testa. Acabadas as regatas e na recepção de entrega de prémios descobriu-se que a embarcação pertencia a uma garota da idade dos Oceanos. O "proa" lá meteu conversa e conseguiu companhia para a estadia em New London.
Em 1984, estando colocado o outro oceano no CINCIBERLANT, durante um convívio em sua casa, a mulher do americano Chefe da Divisão do Oceano mostrou que era uma praticante de vela. Palavra puxa palavra e a certa altura foi-lhe mostrada a foto do Blue Jay com a tripulação portuguesa. Ela olhou para a foto e exclamou "era o meu barco", e até recordou o nome do "proa", passados 20 anos;
e vi9rando-se para o marido disse-lhe que naquela altura ainda não namorava com ele e que se divertira muito na companhia do Oceano.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Mais do "Costa Concordia"

Já que se fala tanto do "Costa Concordia" aqui vai uma peça digna de estudo profundo, principalmente por aqueles mais conhecedores de navegação e meteorologia. "Comandante do «Costa Concordia» foi herói no mar da Madeira O caso é relatado no Diário de Notícias da Madeira. O comandante do "Concordia", Francesco Schettino, evitou uma tempestade, cancelando uma escala no Funchal. O caso remonta a 4 de Dezembro de 2010 e foi relatado à imprensa italiana por Fernando, o gerente do restaurante Milano do "Costa Concordia". Segundo este tripulante, o navio saíra de Tenerife em direção ao Funchal e "Schettino foi o único a interpretar corretamente os dados metereológicos e a perceber que o navio estava a dirigir-se para uma zona de tempestade. Sob os protestos dos passageiros, o comandante mudou a rota para o Mediterrâneo e seguiu para Málaga. Quem não fez como nós, acabou por enfrentar um mar de força 10. Um navio da Royal Caribbean teve 300 feridos a bordo. O Schettino também é isto", disse aquele profissional da Costa Crociere. O cancelamento na véspera da escala do "Concordia" no Porto do Funchal, devido ao mau tempo, foi noticiado na altura. O navio trazia 3.000 passageiros a bordo." Quem me consegue explicar por onde terá passado o navio quando em vez de ir para o Funchal foi para o Estreito de Gibraltar e assim não ter apanhado a tempestade? Isto de andar no Mar tem que se lhe diga

Fotos II



Fotos I




















O Lançamento (visto pelo JTA)



(Para ampliar, "clicar" sobre as fotos)

Nota: Para ver as fotos, individualizadas e transferíveis, podem seguir esta ligação.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Curiosidades

No Diário da República n.º 185,Série II, de 2013-09-25, Parte C encontram-se publicados os Despachos n.º 12199 a 12209 do Secretário de Estado da Inovação, Investimento e Competitividade, designando pessoal para exercer funções no seu Gabinete

domingo, 22 de setembro de 2013

ESTORIAS OCEANICAS – 9


Estávamos atracados em Brooklin, acabadinhos de chegar.
Já depois de jantar, começámos a ouvir uns sons estranhos lá para os lados da tolda. Denunciavam vozes em alvoroço, misto de algazarra e de ordens e contraordens.
 
Estando de serviço, fui com o cabo de quarto ver o que se passava.

O que tinha acontecido? Um negro, de quem se comprovou depois a bebedeira, tinha caído à água e esbracejava ao mesmo tempo que emitia aflito uns sons imperceptíveis mas bem fornecidos de decibéis.

Já se tinham juntado uns tantos outros no cais, porventura compinchas no mesmo estado do actor principal, que davam as sugestões salvadoras mais desencontradas e igualmente bem audíveis.

Mas já tinham atirado à água um cabo, tinham conseguido laçar o candidato a náufrago a dois metros do cais e preparavam-se para começar a içá-lo, estranhamente sob os protestos do mesmo.

O que tinha acontecido é que tinham apanhado o homem pelo pescoço a assim o tentavam trazer a salvo.

Se bem me lembro, alguém da Sagres atirou-se à água e mudou o ponto de esforço do salvamento do homem do pescoço para o tronco e ele salvou-se.

Foi provavelmente este o primeiro acto humanitário da Sagres em terras do Tio Sam, lamentavelmente escapado a qualquer caixa jornalística.

sábado, 21 de setembro de 2013

ESTORIAS OCEANICAS - 8

Dois Oceanos estavam a circular pela 5ª Avenida em NY, quando deram com uma enorme geladaria que estava a fazer uma promoção; tirava-se um balão que indicava lá dentro o preço do gelado (enorme) e que variava entre 10 cents e qualquer coisa como 1 dólar. Estavam a saborear os gelados sentados ao balcão e perto estava um casal de velhinhos que os observava sem eles repararem. Entretanto um dos Oceanos sujou o uniforme do outro com um pouco de gelado. A reacção não se fez esperar e a vítima largou um chorrilho de palavras em bom vernáculo português. A velhota começou a chorar e virou-se para os Oceanos  dizendo quão feliz estava  por ouvir alguém estranho a falar a sua língua pátria. Eram imigrantes há 20 anos e nunca tinham voltado a Portugal nem sequer tinham familiares. Falou,  falou e os Oceanos envergonhados pelo seu palavreado aguentando. Por fim a senhora chamou a empregada e com um pano embebido em detergente lavou a nódoa no uniforme. Os Oceanos passado algum tempo de conversa foram embora com um misto de vergonha pelas asneiras e de regozijo por ao menos terem proporcionado ao casal de velhotes a felicidade de ouvirem falar realmente português sem sotaque.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Convite

Apenas para lembrar que hoje é o último dia para responder ao convite para o Lançamento do Livro de (Per)Curso do "OC". Estão convidados todos os camaradas que nos quiserem dar o prazer de estar presentes.


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Polaco a bordo

Às vezes temos uns flashes que nos trazem à memória coisas incríveis. Nos idos de 1973, estava eu em S. Tomé, escalou a ilha em viagem inaugural um navio mercante nacional de cujo nome não me recordo. O navio fora construído na Polónia e trazia a bordo um técnico do estaleiro de origem para dar a assistência normal da garantia. O pobre homem, ao fim de tantos dias de mar, também gostava de ir a terra. Ora isto era um problema, porque polaco era equivalente a comunista e a DGS não deixava. O problema subiu até ao Governador, que terá ponderado que numa escala de 24 horas não havia perigo de contaminação dos indígenas e lá o deixou vir espairecer para terra.
Foi um fait divers que deu muito que falar lá na terra, onde nunca acontecia nada...

Costa Concordia

Já está em pé, outra vez.


Para lerem uma boa reportagem sobre este extraordinário acto de engenharia, com imagens muito boas, podem seguir esta ligação.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ESTÓRIAS OCEANICAS - 7

Quando a Sagres chegou a New York, ficou fundeada 3 dias ao largo  e com bastante mau tempo. Em seguida fomos atracar a Brooklyn, local pouco apetecível devido à perigosidade dos seus habitantes. Finalmente fomos atracar ao cais em Manhattan, numa localização bem melhor. Logo na primeira manhã apareceu um camião da Coca Cola e de lá saiu um individuo que pediu para falar com o Imediato. O assunto era que a Coca-Cola queria oferecer ao navio um carregamento de "Cocas" mas teria que ser da responsabilidade do navio a faina de embarque da bebida. E lá iniciamos a faina, Cadetes e Praças com a faina; só que a certa altura alguém reparou que os americanos estavam a filmar a faina. O Imediato deu logo ordem para suspender a faina e chamou os americanos. Veio a saber-se que pretendiam fazer um filme de publicidade à nossa custa. Depois de muita discussão ficou assente que o filme serviria para fazer uma notícia a passar em algumas "TVs". Do mal o menos lá ganhamos nós uns bons litros da bebida par o rancho. Relembro que o médico da Sagres (Jervis Ponce) à nossa chegada a NY recomendou que bebêssemos muita Coca Cola para revigorizar o nosso organismo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ESTORIAS OCEÂNICAS
Quem quiser adicionar narrações nestas estorias, pode fazê- lo a vontade. Nao sou o dono do titulo e terei todo o prazer em ler crónicas de outros Oceanos.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Lançamento do Livro "OC"

Para além daqueles a quem foi dirigido um convite pessoal, convidam-se genericamente todos os camaradas que nos quiserem dar esse prazer, a estar presentes na cerimónia do lançamento do Livro de (Per)Curso do “OC”.


ESTÓRIAS OCEANICAS - 6

Esta é uma estória que se passou nas Bermudas, mas da qual eu não consigo ter a certeza de poder fazer uma descrição correta. No entanto os factos principais são aqui narrados.
Um Oceano que tinha falta de uniformes brancos e portanto o seu asseio era menos bom, ao passar por uma loja lavandaria self-service logo pensou que tinha o problema resolvido. Entrou, falou com a empregada para se informar como é que aquilo funcionava. Começou a despir-se perante a incrédula empregada, que reagiu dizendo que ele não podia despir-se. Depois de um arrazoado diálogo, lá a empregada consentiu que ficasse apenas em cuecas e que se fechasse na casa de banho. um pormenor importante, ele era o único cliente. O Oceano fechou-se na casa de banho e teve que aguentar cerca de uma hora para que o seu bragal ficasse pronto. A seguir e com a promessa que levaria a empregada (nova e engraçada) a uma recepção de Cadetes consegue que esta engome o uniforme.
Quando ao fim da tarde se reunião aos restantes camaradas, estes ficaram de boca aberta ao vê-lo trajando um uniforme imaculadamente branco e bem engomado. Se ele cumpriu a promessa ou não, desconheço. Creio que foi o único Oceano a usar este sistema.