quinta-feira, 15 de março de 2012

Fotos V













Fotos IV





















Fotos III































Fotos II































Fotos do Almoço































terça-feira, 13 de março de 2012

Para quem não sabe, algumas verdades sobre a Alemanha
 
 Ingratidão e falta de memória
 
(excelente artigo de Jorge Soares - jornalista)
      
 
A ingratidão dos países, tal como a das pessoas, é acompanhada quase sempre pela falta de memória. Em 1953, a Alemanha de Konrad Adenauer entrou em default, falência, ficou Kaput, ou seja, ficou sem dinheiro
para fazer mover a actividade económica do país. Tal qual como a Grécia actualmente.

A Alemanha negociou 16 mil milhões de marcos em dívidas de 1920 que entraram em incumprimento na década de 30 após o colapso da bolsa em Wall Street. O dinheiro tinha-lhe sido emprestado pelos EUA, pela
França e pelo Reino Unido.

Outros 16 mil milhões de marcos diziam respeito a empréstimos dos EUA no pós--guerra, no âmbito do Acordo de Londres sobre as Dívidas Alemãs (LDA), de 1953. O total a pagar foi reduzido 50%, para cerca de 15 mil
milhões de marcos, por um período de 30 anos, o que não teve quase impacto na crescente economia alemã.

O resgate alemão foi feito por um conjunto de países que incluíam a Grécia, a Bélgica, o Canadá, Ceilão, a Dinamarca, França, o Irão, a Irlanda, a Itália, o Liechtenstein, o Luxemburgo, a Noruega, o Paquistão, a Espanha, a Suécia, a Suíça, a África do Sul, o Reino Unido, a Irlanda do Norte, os EUA e a Jugoslávia. As dívidas alemãs eram do período anterior e posterior à Segunda Guerra Mundial. Algumas decorriam do esforço de reparações de guerra e outras de empréstimos gigantescos norte-americanos ao governo e às empresas.

Durante 20 anos, como recorda esse acordo, Berlim não honrou qualquer pagamento da dívida.

Por incrível que pareça, apenas oito anos depois de a Grécia ter sido invadida e brutalmente ocupada pelas tropas nazis, Atenas aceitou participar no esforço internacional para tirar a Alemanha da terrível bancarrota em que se encontrava.

Ora os custos monetários da ocupação alemã da Grécia foram estimados em 162 mil milhões de euros sem juros.

Após a guerra, a Alemanha ficou de compensar a Grécia por perdas de navios bombardeados ou capturados, durante o período de neutralidade, pelos danos causados à economia grega, e pagar compensações às vítimas do exército alemão de ocupação. As vítimas gregas foram mais de um milhão de pessoas (38 960 executadas, 12 mil abatidas, 70 mil mortas no campo de batalha, 105 mil em campos de concentração na Alemanha, e 600 mil que pereceram de fome). Além disso, as hordas nazis roubaram tesouros arqueológicos gregos de valor incalculável.

Qual foi a reacção da direita parlamentar alemã aos actuais problemas financeiros da Grécia? Segundo esta, a Grécia devia considerar vender terras, edifícios históricos e objectos de arte para reduzir a sua dívida.

Além de tomar as medidas de austeridade impostas, como cortes no sector público e congelamento de pensões, os gregos deviam vender algumas ilhas, defenderam dois destacados elementos da CDU, Josef
Schlarmann e Frank Schaeffler, do partido da chanceler Merkel. Os dois responsáveis chegaram a alvitrar que o Partenon, e algumas ilhas gregas no Egeu, fossem vendidas para evitar a bancarrota.

"Os que estão insolventes devem vender o que possuem para pagar aos seus credores", disseram ao jornal "Bild".

Depois disso, surgiu no seio do executivo a ideia peregrina de pôr um comissário europeu a fiscalizar permanentemente as contas gregas em Atenas.

O historiador Albrecht Ritschl, da London School of Economics, recordou recentemente à "Spiegel" que a Alemanha foi o pior país devedor do século xx. O economista destaca que a insolvência germânica dos anos 30 faz a dívida grega de hoje parecer insignificante.

"No século xx, a Alemanha foi responsável pela maior bancarrota de que há memória", afirmou. "Foi apenas graças aos Estados Unidos, que injectaram quantias enormes de dinheiro após a Primeira e a Segunda
Guerra Mundial, que a Alemanha se tornou financeiramente estável e hoje detém o estatuto de locomotiva da Europa. Esse facto, lamentavelmente, parece esquecido", sublinha Ritsch. O historiador sublinha que a Alemanha desencadeou duas guerras mundiais, a segunda de aniquilação e extermínio, e depois os seus inimigos perdoaram-lhe totalmente o pagamento das reparações ou adiaram-nas. A Grécia não esquece que a Alemanha deve a sua prosperidade económica a outros países. Por isso, alguns parlamentares gregos sugerem que seja feita a contabilidade das dívidas alemãs à Grécia para que destas se desconte o que a Grécia deve actualmente.

Sérgio Soares

jornalista

Almoço OC (13Março2012)

Hoje tivemos mais uma animada sessão gastronómica tendo-se verificado, talvez por estarmos no ano do cinquentenário, uma afluência acima do normal (28 presenças, pelas minhas contas).

O almoço foi precedido por uma reunião relativa à organização das comemorações dos 50 anos. Aqui podemos ver a "penicagem" a trabalhar, depois a mesa um pouco mais alargada e ainda dois atentos espectadores.

Seguiu-se a almoçarada propriamente dita.



Finalmente, após a debandada , houve um grupo que, aliciado pelo MPM, ainda deu uma voltinha pela Baixa onde foi brindado com alguns acordes musicais ... de Mozart (este senhor, infelizmente, não esteve presente durante o almoço).

Nota: As imagens podem ser ampliadas. Basta "clicar" sobre elas.

Sentir-se jovem - Juca Chaves

Agora que estamos menos jovens...



segunda-feira, 12 de março de 2012

Noruega.


Na Noruega, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às 15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez.

 A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário. Apesar de serem produtores de petróleo, só extraem anualmente quantidades mínimas para compensar alguns custos sociais, tendo a preocupação estratégica de preservar as suas reservas de petróleo para que a muito longo prazo as gerações futuras também dele possam vir a beneficiar.

Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos "da especulação imobiliária" mas deficitária para o Estado, nem Euros-futebolisticos .


É tempo de os empresários e os portugueses em geral constatarem que, na Noruega, a fuga ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados «devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica. Em Portugal existem propriedades enormes (quintas, herdades, lotes de terrenos) com luxuosas moradias e/ou palácios, repletos de riquezas, que pagam de IMI o mesmo que paga um T3 no Cacém. Na Noruega isto era impossível de acontecer, não por serem comunistas, bloquistas ou outra coisa qualquer, mas simplesmente por serem sociais democratas, mas não neo-liberais.


Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já agora, os políticos.

Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam por tu. Aqui, em Portugal, nesta terra de parolos e novos ricos nascidos e multiplicados pela corrupção e outras vigarices pequenas, grandes e colossais, cada Ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos. Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes.

   Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade. Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratarem milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa.


Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola.
Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia nórdica». Ao tempo para viver e à segurança social. Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos precisamos de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não clamam por messias nem por prebendas. Não se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios, fazerem negócios fabulosos com o Estado onde este sai sempre lesado, e que o Estado (os contribuintes) entrem com somas astronómicas, em condições muito favoráveis, para ajudar a "capitalizar" os Bancos privados que, durante décadas acumularam lucros fabulosos e que sempre tiveram um regime tributário escandalosamente favorável.

  

domingo, 11 de março de 2012

ZED

É com muito gosto que se assinala a chegada ao "Água aberta ... no OCeano" do Zé Eduardo Martins dos Reis. Desaparecido há algum tempo, julga-se que perdido pelas planícies alentejanas, apareceu agora, cheio de vitalidade. Que seja bem-vindo ao nosso blogue que espera uma forte colaboração deste OCeano.

segunda-feira, 5 de março de 2012

O (ou A?) Arsenal do Alfeite, SA

Foi hoje, de manhãzinha, que ouvi na rádio (TSF) uma peça onde se referia que os trabalhadores do AA (cerca de 600) não tinham tarefas atribuídas e limitavam-se a "fazer a manutenção das oficinas ou então a fazer pequenos trabalhos em barcos civis". Dizem que o último navio da Armada saiu há cinco meses e desde então pouco ou nada têm para fazer, receando o despedimento de 1/3 do pessoal e o encerramento da empresa. Pelo meio-dia já ouvi a mesma rádio dizer que afinal o AA ia reparar a "João Roby".
Não acompanhei em detalhe a última reforma do AA mas sempre pensei que a sua principal função seria a manutenção das unidades navais da nossa Marinha. Ora, por acaso, também recebi recentemente os Anais do CMN e ao ler a Crónica de Arquitectura Naval, coordenada pelo Cmg ECN Rapaz Lérias, fiquei a saber um pouco mais sobre este assunto (diga-se que os Anais estão atrasados cerca de um ano mas julgo que esta matéria ainda não está ultrapassada). 
Escreve-se então na acima referida Crónica: "Na verdade, havia, entre outros, três grandes motivos apontados para justificar a empresarialização do AA, não necessariamente pela ordem que a seguir se indica. Em primeiro lugar para permitir o investimento na modernização das infra-estruturas oficinais e portuárias; em segundo para permitir uma gestão mais flexível da aquisição de bens e serviços; e em terceiro lugar para tornar o estaleiro mais competitivo. Parece que nenhum deles tem possibilidade de se concretizar. O investimento na modernização das infra-estruturas, que se previa poder ser feito recorrendo a parte do capital social existente e a empréstimo externo, está agora inviabilizado, não só pela utilização diversa que está a ser feita do referido capital, mas também pelas dificuldades na obtenção de empréstimo junto das entidades bancárias. O regime da contratação pública de bens e serviços por parte do Estado passou também a aplicar-se  na íntegra às EPE (Entidades públicas empresariais), eliminando as hipotéticas vantagens de gestão flexível do AASA relativamente ao Sector Público Administrativo. E, por fim,sabe-se que o preço do homem-hora que está a ser praticado é muito mais elevado que o do anterior Arsenal do Alfeite, sendo também nítido o substancial aumento de custo das várias acções de manutenção em comparação com idênticas acções praticads no passado. Pode assim perguntar-se: empresarialização para quê? Não se estava a ver o que poderia acontecer? Quando o deslumbramento ofusca a razão ou encobre inadvertidamente o erro, de que se está a falar? Fica naturalmente ao cuidado dos leitores interpretar os factos e formar uma opinião sobre o andamento desta matéria".
Parece portanto que esta "modernização" do AA foi um fracasso ... ou não, se a intenção era dar mais uma machadada na estrutura das nossas FFAA e ajudar à sua aniquilação. 
Aconselho vivamente a leitura integral desta Crónica, nomeadamente a parte final da sua Introdução que não reproduzo aqui pois esta "onda" já vai longa ... mas faço uma última citação: "Há cada vez menos predisposição para sacrificar o lastimável presente em prol de um futuro mais acolhedor. E isto aplica-se a quase tudo e a quase todos. Triste sorte a nossa! A solução existe, é simples, mas requer protagonistas fiáveis e duradouros e práticas que assentem no bom exemplo."

VISITA PROTOCOLAR DA MINISTRA DA DEFESA DE ESPANHA A UM NAVIO

Achei piada a esta imagem unicamente pela semelhança de um dos participantes com o nosso Manel Pinto Machado.

sábado, 3 de março de 2012

ESTRANHO!

Recebi ontem, 6ª Feira, dia 2 de Março de 2012, os Anais do Clube Militar Naval, 1 a 3/Jan-Mar/2011.

Será gralha?

Jorge Beirão Reis escreve de acordo com a antiga ortografia.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Maneiras de estar

Disse Voltaire dos ingleses: Neste país acha-se bem matar um almirante de vez em quando, para dar coragem aos outros.


Num livro que estou a ler, diz-se que foi incutida uma cultura de determinação agressiva nos oficiais ingleses, desde o século XVIII, cujo dever permanente era atacar o inimigo. Podia correr mal, mas pior do que isso seria não atacar. Assim, ao longo dos tempos cada vez mais os seus opositores tinham a certeza de ser atacados e, cada vez mais, a certeza de serem derrotados. Esta foi uma vantagem psicológica que permaneceu por muito tempo. No lado oposto, na marinha francesa e também na espanhola, dava-se prioridade à missão. Se pudesse ser cumprida sem combate, melhor. Quer a nível político quer militar dava-se pouca prioridade ao combate que, diziam, produz mais ruido que proveito. Assim, os comandantes franceses levavam ordens que definiam a batalha como a excepção, a ter lugar só se fosse inevitável para o cumprimento da missão.
Isto faz-me recordar as missões definidas nos inúmeros exercícios que fiz, em que o objectivo da missão era sempre " the safe and timely arrival of the HVU". Ou seja, nos tempos modernos, em que os navios e o pessoal já não eram material de consumo como antigamente, a teoria francesa prevaleceu. Actualmente, as ordens e regras de empenhamento vão todas no sentido de não incomodar o inimigo, ajudando-o mesmo a voltar a casa com água e combustível. Também... já não se matam almirantes!

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Somos ou Não Somos Diferentes? - Parte Final

Ainda decorrente do meu contrato com a Pátria, são-lhe aplicáveis os constrangimentos seguintes:

1. Não me é permitdo inscrever-me num partido político (ou criá-lo) nem participar em quaisquer actividades político-partidárias;

2. Não me é permitido inscrever-me num sindicato (ou criá-lo) nem participar em quaisquer actividades sindicais.

Finalmente e como, muito bem, referiu o OCeano Orlando Temes de Oliveira não se encontra previsto, neste contrato, a existência de direitos de qualquer natureza.

Uma vez mais desafio quem quer que seja a apresentar-me um contrato de trabalho equivalente.

Suponho, assim, poder afirmar que, sem sombra de dúvida, somos diferentes e que a Pátria e os seus proprietários (há quem lhes chamem o "nosso bom povo") e seus representantes, capatazes ou feitores deverão reconhecer essa diferença.

Aceito perfeitamente que a Pátria não pretenda ter servidores diferentes dos seus funcionários e agentes. Tem a solução perfeita sempre à mão: A Rescisão do Contrato!

E mais não digo (para já).

Tenham uma boa semana de trabalho (ou de descanso)!

Jorge Beirão Reis escreve de acordo com a antiga ortografia.