Polaco a bordo
Às vezes temos uns flashes que nos trazem à memória coisas incríveis. Nos idos de 1973, estava eu em S. Tomé, escalou a ilha em viagem inaugural um navio mercante nacional de cujo nome não me recordo. O navio fora construído na Polónia e trazia a bordo um técnico do estaleiro de origem para dar a assistência normal da garantia. O pobre homem, ao fim de tantos dias de mar, também gostava de ir a terra. Ora isto era um problema, porque polaco era equivalente a comunista e a DGS não deixava. O problema subiu até ao Governador, que terá ponderado que numa escala de 24 horas não havia perigo de contaminação dos indígenas e lá o deixou vir espairecer para terra.
Foi um fait divers que deu muito que falar lá na terra, onde nunca acontecia nada...