quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Polaco a bordo

Às vezes temos uns flashes que nos trazem à memória coisas incríveis. Nos idos de 1973, estava eu em S. Tomé, escalou a ilha em viagem inaugural um navio mercante nacional de cujo nome não me recordo. O navio fora construído na Polónia e trazia a bordo um técnico do estaleiro de origem para dar a assistência normal da garantia. O pobre homem, ao fim de tantos dias de mar, também gostava de ir a terra. Ora isto era um problema, porque polaco era equivalente a comunista e a DGS não deixava. O problema subiu até ao Governador, que terá ponderado que numa escala de 24 horas não havia perigo de contaminação dos indígenas e lá o deixou vir espairecer para terra.
Foi um fait divers que deu muito que falar lá na terra, onde nunca acontecia nada...

Costa Concordia

Já está em pé, outra vez.


Para lerem uma boa reportagem sobre este extraordinário acto de engenharia, com imagens muito boas, podem seguir esta ligação.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

ESTÓRIAS OCEANICAS - 7

Quando a Sagres chegou a New York, ficou fundeada 3 dias ao largo  e com bastante mau tempo. Em seguida fomos atracar a Brooklyn, local pouco apetecível devido à perigosidade dos seus habitantes. Finalmente fomos atracar ao cais em Manhattan, numa localização bem melhor. Logo na primeira manhã apareceu um camião da Coca Cola e de lá saiu um individuo que pediu para falar com o Imediato. O assunto era que a Coca-Cola queria oferecer ao navio um carregamento de "Cocas" mas teria que ser da responsabilidade do navio a faina de embarque da bebida. E lá iniciamos a faina, Cadetes e Praças com a faina; só que a certa altura alguém reparou que os americanos estavam a filmar a faina. O Imediato deu logo ordem para suspender a faina e chamou os americanos. Veio a saber-se que pretendiam fazer um filme de publicidade à nossa custa. Depois de muita discussão ficou assente que o filme serviria para fazer uma notícia a passar em algumas "TVs". Do mal o menos lá ganhamos nós uns bons litros da bebida par o rancho. Relembro que o médico da Sagres (Jervis Ponce) à nossa chegada a NY recomendou que bebêssemos muita Coca Cola para revigorizar o nosso organismo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ESTORIAS OCEÂNICAS
Quem quiser adicionar narrações nestas estorias, pode fazê- lo a vontade. Nao sou o dono do titulo e terei todo o prazer em ler crónicas de outros Oceanos.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Lançamento do Livro "OC"

Para além daqueles a quem foi dirigido um convite pessoal, convidam-se genericamente todos os camaradas que nos quiserem dar esse prazer, a estar presentes na cerimónia do lançamento do Livro de (Per)Curso do “OC”.


ESTÓRIAS OCEANICAS - 6

Esta é uma estória que se passou nas Bermudas, mas da qual eu não consigo ter a certeza de poder fazer uma descrição correta. No entanto os factos principais são aqui narrados.
Um Oceano que tinha falta de uniformes brancos e portanto o seu asseio era menos bom, ao passar por uma loja lavandaria self-service logo pensou que tinha o problema resolvido. Entrou, falou com a empregada para se informar como é que aquilo funcionava. Começou a despir-se perante a incrédula empregada, que reagiu dizendo que ele não podia despir-se. Depois de um arrazoado diálogo, lá a empregada consentiu que ficasse apenas em cuecas e que se fechasse na casa de banho. um pormenor importante, ele era o único cliente. O Oceano fechou-se na casa de banho e teve que aguentar cerca de uma hora para que o seu bragal ficasse pronto. A seguir e com a promessa que levaria a empregada (nova e engraçada) a uma recepção de Cadetes consegue que esta engome o uniforme.
Quando ao fim da tarde se reunião aos restantes camaradas, estes ficaram de boca aberta ao vê-lo trajando um uniforme imaculadamente branco e bem engomado. Se ele cumpriu a promessa ou não, desconheço. Creio que foi o único Oceano a usar este sistema.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

ESTÓRIAS OCEÂNICAS - 5

Este episódio passa-se em plena viagem de instrução na Sagres. Est6amos fundeados em Hamilton, Bermudas. Dois Oceanos aproveitam o fim da tarde para tomar um aperitivo no "Gallego Bar" do  "Princess Hotel". Este hotel tinha a curiosidade de içar a bandeira dos países dos navios de guerra fundeados no porto. O bar era muito formal com as senhoras de vestido comprido e os homens por vezes de "smoking" e calções com meias pretas altas, os Oceanos claro com dólman branco, sendo pontos conspícuos no bar. Os 2 Oceanos sentaram-se frente a duas loiras americanas cerca dos vinte anos, estavam em standby à espera de oportunidade para lançarem a "retenida". Um dos Oceanos, que não percebia nada da língua inglesa e que decorara o dicionário durante a viagem, resolveu avançar; embora não fumador, pediu ao seu camarada um cigarro e dirigindo-se às duas americanas disse em voz alta e pausada:"Please can you give me your fire?". Claro que como resposta ouviu um palavreado que pela cara da americana se sentia ofendida e magoada. O outro Oceano que percebia algo de inglês levantou-se e dirigindo-se às duas louras, pediu desculpa em nome do seu camarada, explicando que ele era uma nulidade na língua inglesa. O pedido de desculpas foi aceite e os Oceanos lá atracaram às duas americanas para um inicio de noite bem agradável. O curioso é que o Oceano em causa agora é um ás em língua inglesa.    

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Uma pérola

No despacho de delegação de competências do Primeiro no Vice-primeiro ministro lê-se esta maravilha: O Vice-primeiro -ministro será também responsável pela coordenação política da orientação estratégica da política económica !!!
Ora digam lá que o governo não sabe o que faz. É clarinho como a água.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Jornalismo no Irão

No Irão ser mulher não é fácil. Jornalista e mulher parece ser ainda pior. Nenhum dos cavalheiros oferece o lugar às senhoras?

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

"ESTÓRIAS OCEÂNICAS" – 4

Estávamos em pleno 2º ano e decorreu este facto numa sexta-feira (talvez out. de 63), longe de repetições e exames. Na sessão de estudos havia o granel habitual e alguns cadetes tentavam invadir uma determinada sala de estudo. No entanto os invasores encontraram pela frente a oposição de um bravo Oceano que defendia a sala encostado à porta e mantendo-a fechada, clamando: "o Sr. Cadete tem força para...". Há uma acalmia no exterior e outra tentativa de entrarem, mas desta vez sob a voz de "Oficial de dia", O Oceano lá pensou que nem assim o enganavam e impediu a invasão com o mesmo mote "o Sr. Cadete tem força para...". Mas desta vez  batem com força à porta e ouve-se nitidamente a típica voz de determinado oficial a vociferar que era o Oficial de Dia. E aí o bravo Oceano percebendo que tinha metido o pé na argola abriu a porta e ficou mudo e quedo perante o Sr. Oficial. Lá ficou na quarta-feira seguinte detido para refrear as suas forças.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O "Titanic"

O inafundável monstro dos mares (em 1912) comparado com o "Allure of the Seas" (2010) ... parece a embarcação de licenças. 




sexta-feira, 16 de agosto de 2013

"Estórias" OCeânicas - Nº 3

Estamos em maio/junho de 1963, a uma 6ª feira e como de costume depois das aulas alguns iam praticar vela.. Três bravos Oceanos resolveram ir velejar num "Vouga", classe muito familiar do Oceano timoneiro. Outros Oceanos andavam em "Snipes", embarcações mais ligeiras e competitivas. A brisa era escassa, o Mar da Palha parecia um espelho e a enchente estava forte. Os três Oceanos resolveram afastar-se do perímetro da B.N.L. indo para montante, sendo apanhados pela corrente de enchente. Ao fim da tarde o pessoal regressou à BNL e subiu à EN para o jantar; ninguém reparou na falta do Vouga. Na formatura é que se dá pela falta dos Oceanos e não dá para encobrir; havendo uma certa preocupação pelos "desaparecidos". Entretanto recebe-se uma chamada telefónica do Oficial de Dia à Base Aérea do Montijo informando que o Vouga com os três Oceanos dera à praia da Base, pois com a falta de vento o Vouga fora arrastado pela corrente até à BA6.Os Oceanos jantaram na Base do Montijo e no dia seguinte regressaram à EN; não me recordo se vieram a reboque ou se finalmente apareceu o vento tão desejado. Apanharam uma rabecada do Oficial de Dia à EN, tendo ficado a salvo de embarcarem no "livro".

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Não saber de que terra se é



Celebrando o facto de me ser atribuída uma naturalidade que não é a minha, aqui fica uma imagem da terra que me imputam como sendo a do meu nascimento, pensando talvez que "não sei de que terra sou".

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Lisboa e o Tejo

Com este calor...

domingo, 11 de agosto de 2013

"Estórias" Oceânicas - Nº 2

                                                                                     
Estamos em fins de outubro de 1962, ainda sem ter 2 meses de internato. Sábado, dia da Revista de Corpos, passada pelo Comandante da Companhia de Alunos, O Oceano já com vasta experiência das exigências militares, nunca se preocupava com a barba que era ainda quase inexistente na sua cara (agora não). O Com. Comp. ao passar diante dele, mirou e descortinou uma barba malfeita e ordenou-lhe que dissesse o seu nº ao Cadete Chefe de Grupo. Ficou tão estupefacto que só conseguiu balbuciar "Quem? ... eu?". Acabada a revista voltamos às camaratas e o Oceano foi para a frente do espelho para ver se era verdade a existência da barba, lá estava uns pelos isolados  que foram considerados para sua irritação como  "barba". E lá ficou detido na 4ª feira seguinte na E.N. A partir dessa data passou a usar a lâmina de barbear uma vez por semana.