quarta-feira, 30 de março de 2011

Casamentos ... e divórcios?????

(Para ampliar, "clicar" na imagem)

Visto para os meus lados. Nos tempos que correm não deve faltar negócio à "Adega Camponesa".

terça-feira, 29 de março de 2011

Where? Where?


Roubada a "Sapo Notícias", e da autoria de José Sena Goulão, da Lusa, aqui fica uma fotografia muito oportuna da visita de S.A.R. (porque, senhor cadete, o respeitinho é muito bonito) o príncipe Charles Philip Arthur George (KG, KT, GCB, OM, AK, QSO, CD, SOM, GCL, PC, AdC(P), FRS) ao N. E. "Sagres".

O senhor príncipe

Na reportagem televisiva da visita do príncipe Carlos à Escola Naval ouvimos um cadete declarar à SIC que o senhor príncipe (sic) era uma pessoa muito simpática, etc. Ficamos de cabelos em pé, mesmo não sendo monárquicos. Pois hoje o senhor teve um programa em Cascais que começou com um atraso nada britânico de hora e meia, o que permitiu assistir ao maior convívio policial dos últimos tempos, já que havia mais polícias do que espectadores. Só ali à volta da estátua do D. Carlos, local de chegada, eram uns vinte fardados e outros tantos à paisana, vestindo um figurino semelhante, que já não inclui peúga branca, mas se faz notar pelo gel no cabelo e os óculos escuros. À mistura, há uns com aspecto chunga que se infiltram entre a escassa assistência. Tudo isto comandado por um oficial à paisana com uma máquina fotográfica que disparava contra tudo quanto mexia. Entretanto evoluiam na baía quatro embarcações à vela especiais, adaptadas para deficientes, que eram o objectivo da visita de sua alteza. Apesar das embarcações estarem apoiadas por dois botes de borracha, entra em cena um semi-rígido dos Socorros a Náufragos de pirilampo ligado, guarnição de capacete, que se vai pregar mesmo em cima de terra para não perder nada do espectáculo. E lá chegou a alta entidade por entre a curiosidade de meia dúzia de ingleses e alguns portugas, que se dirigiu rapidamente ao cais para cumprir a sua obrigação. Estava isto a terminar quando chegam pachorrentos dois polícias maritimos para ver o que se passava... E foi assim.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Cabelos grisalhos ...

No Público de Sábado, 26 de Março, o historiador Filipe Ribeiro de Menezes, autor de Salazar: Uma Biografia Política assina um artigo intitulado "Crise a nossa amiga de sempre".


Aconselho vivamente a leitura do artigo, mas aquilo que me traz aqui é transcrever alguns parágrafos que nos dizem directamente respeito. Aqui vão eles, sem comentários:


"Pensões e reformas serão um dos campos de batalha das próximas eleições. O PS tendo formulado o PAC IV, já não poderá voltar atrás nessa matéria, que o condena aos olhos de muitos; o PSD, pelo contrário, afirmou já que são intocáveis. O exemplo irlandês ajuda-nos talvez a entender porquê. Numa primeira fase da crise financeira económica irlandesa, o anterior governo, liderado por Brian Cowen, tentou reduzir os benefícios de alguns reformados no campo da saúde. A revolta que se seguiu mostrou a força do "voto grisalho": os reformados formam uma fatia importantíssima do eleitorado, não só pelos números, mas também porque exercem o seu direito de voto, não se abstendo. Nenhum político consegue sobreviver a uma campanha bem orquestrada por estes eleitores de idade avançada. Desde então, e apesar do agravar constante da situação financeira, os reformados irlandeses têm sido protegidos, estando as suas pensões e reformas ao abrigo de um fisco cada vez mais voraz"


Fim de citação


Fico de algum modo confortado por ver que na Irlanda os cabelos grisalhos conseguiram fazer valer a sua força. Espero que por cá sejamos também capazes de criar e fazer valer a nossa força.

domingo, 27 de março de 2011

Mais alguns números da crise

Embora os números indicados pelo JBR revelem uma senhora crise, não queria deixar de, na sequência e em complemento das suas considerações, mostrar mais alguns. Reconheço que não são tão importantes e significativos como os da "onda" anterior mas apresento-os apenas como curiosidade.

Segue-se um gráfico com a evolução das visitas e número de "ondas" vistas no nosso blogue durante os últimos 30 dias:

Começámos a usar o actual "Sitemeter" em 14 de Setembro de 2009 e os dados, desde essa data, são os seguintes:

Os 154 711 visitantes anteriores a 14Set2009 incluem os do 1º "Água aberta ... no OCeano" que, aliás, continua a ser usado desde então (21 202 entradas).


A primeira "onda" do 2º "Água aberta" foi feita em 22Fev2007 e nesse ano tivemos um total de 764. Bem indicativo da crise que vivemos é a evolução deste parâmetro: 600 em 2008, 300 em 2009, 253 em 2010. Este ano vamos com 36 e a amostra do JBR não augura grandes melhorias. Esperemos que o futuro próximo traga inspiração bastante a todos os OCeanos para incrementar a colaboração no nosso "Água aberta ... "


Nota final: Eu, LSN, tento, embora com alguns sobressaltos e calafrios, escrever de acordo com a nova ortografia. Na semana passada tive um susto quando passei pelo Campo Pequeno e vi que a praça foi inaugurada pela "Empreza Tauromachica Lisbonense" ... mas rapidamente me refiz do abalo, tinha sido em 1892.

Isto É Que Vai Uma Crise!

Estatística do Blogue no Mês de Março (até hoje):

Dia 1 - 1 mensagem - 2 comentários.

Dias 2 e 3 - 0 mensagens (e 0 comentários).

Dia 4 - 1 mensagem - 0 comentários.

Dias 5 a 10 - 0 mensagens (e 0 comentários).

Dia 11 - 1 mensagem (do Selva) com 6 comentários!

Dia 12 - 1 menagem - 1 comentário.

Dia 13 - 2 mensagens, das quais uma (do Selva) com 5 comentários!

Dias 14 e 15 - 0 mensagens (e 0 comentários).

Dia 16 - 1 mensagem - 0 comentários.

Dia 17 - 1 mensagem - 0 comentários.

Dia 18 - 0 mensagens (e 0 comentários).

Dia 19 -1 mensagem - 0 comentários.

Dias 20, 21 e 22 - 0 mensagens (e 0 comentários)

.Dia 23 - 2 mensagens - 1 comentário.

Dia 24 - 1 mensagem -0 comentários.

Dia 25 - 1 mensagem - 0 comentários.

Dia 26 - 1 mensagem - 0 comentários.

Isto é que vai uma crise de participação! Haja fé que vindo aí eleições teremos uma oportunidade de encher o nosso blogue.

A despropósito: Gostei muito do comentário do Allen. Vou também começar a escrever, no final da cada intervenção: Jorge Beirão Reis escreve de acordo com a antiga ortografia.

(Mesmo com erros)

sábado, 26 de março de 2011

O Big Brother

Isto de trazer um telemóvel no bolso é mais complicado do que julgamos. É como trazer um lembrete que diz sempre onde nós estamos. As operadoras de comunicações móveis obtém e guardam inúmera informação dos clientes, da qual a localização é só uma parte. De sete em sete segundos a companhia determina qual a torre mais próxima do telefone, para fazer o roteamento mais eficaz das chamadas. Assim, em qualquer instante, a operadora sabe onde estamos, regista e guarda essa informação, mas as operadoras não gostam de dizer que dados é que guardam. Um político alemão foi a tribunal para obrigar a divulgação dos seus dados pessoais e descobriu que, nos últimos seis mêses, a sua operadora tinha registado as suas coordenadas 35.000 vezes. Todos os seus percursos estavam registados.
De facto estamos lixados, só falta dormirem na cama connosco.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Portugal e o síndrome de Pinóquio

Por mais PECS aprovados ou não, por mais declarações do Primeiro ministro e dos seus boys (ministros ou caceteiros de serviço) façam, os mercados continuam sem lhes dar ouvidos, não acreditam e vão subindo os juros da dívida portuguesa. Pelo contrário, parece que quanto mais o primeiro ministro clama, mais os juros sobem, o que quer dizer que os mercados reagem proporcionalmente em sentido contrário ao seu clamor.

Entretanto os especialistas vão debatendo o problema e nós vamos ouvido, lendo e tentando perceber. A única conclusão a que um leigo como eu pode chegar, é que o recurso a ajuda externa, para além de ser imprescindível, passará sempre por uma intervenção mais ou menos profunda do FMI.

Hoje de manhã lembrei-me do Pinóquio. A partir de uma determinada altura, que não consigo precisar, mas já lá vão uns anos, quer o engenheiro Sócrates fale verdade ou mentira o nariz, aparentemente, passou a crescer sempre. Hoje, sempre que ele aparece em qualquer lado os mercados vêem sobreposta a imagem de um apêndice nasal desmesurado. . O pior é que a doença contaminou todo o Governo e mesmo algumas figuras do partido se não se põem a pau e não se calam muito depressa passam a sofrer do mesmo síndrome. E o próprio pais, apesar da imagem geográfica que nós temos dele o não o favorecer, ainda acaba por ver crescer o Cabo da Roca.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Elizabeth Taylor

Outra estrela que iluminou a nossa juventude ... partiu ontem, aos 79 anos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Porque No Te Callas!

Com a devida vénia reproduzo uma imagem , intitulada "Um monstro com tendência para engordar" integrada num artigo de João Silvestre, publicado no caderno Economia do semanário Expresso, de 19 do corrente.
Como se pode verificar, todos os partidos do "arco da governação" (como eles gostam de se intitular) são cúmplices no regabofe de gastar o que não temos e, depois, queixam-se dos "mercados", da chanceler da Alemanha e de outros terceiros
Porque é que os partidos, em vez de se queixarem dos outros, não metem a mão na consciência (se é que a têm!) e arrepiam caminho? E porque é que não aceitam o conselho do rei de Espanha e não se calam? Tenho sempre o maior prazer em, quando aparece um dos palradores desses partidos, cortar-lhes o pio, seja na rádio, seja na televisão. E também não leio o que eles escrevem ou, mais frequentemente, o que deles escrevem.
Nota: admito que o meu conhecimento de castelhano seja tão limitado que o título tenha erros. Mas era tão bom que nunca mais os ouvíssemos ou ouvíssemos falar deles!
"Desculpem lá qualquer coisinha!"

O abismo

Trazidos, calmamente, até à beira do abismo ... será hoje o dia do "passo em frente"?????

sábado, 19 de março de 2011

Isto É Que Vai Uma Crise!

Recomendo vivamente a leitura do artigo de opinião de Miguel de Sousa Tavares, no Expresso de hoje, intitulado"Deolinda Est Cartago".

E, a despropósito, lembrei-me de um programa radiofónico da nossa infância/juventude (?) denominado "Os Três da Vida Airada" - O Cócó, o Ranheta e o Facada. Só não sei qual será cada um deles, na actualidade, os três comediantes desta peça de teatro, qual "Guerras do Alecrim e Manjerona", denominada Crise Política Portuguesa.

Tenham um Bom Dia do Pai e bom fim de semana.

quinta-feira, 17 de março de 2011

REFORMADOS




Para os que ainda não se aperceberam do que lhes vai acontecer, junto duas imagens optimistas. A primeira no sul da Europa e a segunda no país modelo do sistema que vai ser implementado.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O país sou eu!

O PM disse, na entrevista de ontem ,que tinha sido leal ao país. Mas o país, numa democracia, é constituído pelo "povo" e os seus representantes, entre outros, o Presidente da Republica, a Assembleia da República e os partidos, pelo menos.

Como é possível ser leal ao país sem o ser em relação às pessoas e instituições que constituem o país?

O "REI SOL" dizia "L'état c'est moi" . O PM não diz tão completamente, mas está convencido disso!

domingo, 13 de março de 2011

Demagogia


Esta figura do PS e do governo, que se torna cada vez mais caricatural para não dizer outra coisa, afirmou que não é com demagogia que se vai resolver o problema dos jovens. Eu acrescento, dos menos e dos mais jovens já que os mortos os têm todos resolvidos de vez, porque mesmo que inventem para eles impostos e taxas serão os seus herdeiros a arcar com as responsabilidades.

Claro que a demagogia não resolve os problemas, mas o que é que os partidos e os políticos nos deram até agora e nos podem oferecer no futuro senão demagogia e mentira?

Estive ontem na manifestação do "país à rasca"  em Lisboa. Não gosto muito de participar em manifestações e por isso só participei em algumas antes do 25 de Abril por dever cívico. Depois, participei em algumas datas comemorativas. Por isso, durante o desfile não me entusiasmei com o ambiente e fui tentando observar o que via e interpretar o que estava em causa.

A primeira constatação foi a de que as pessoas gostam da política, querem ter opiniões políticas e sobre as políticas, querem ouvir e ser ouvidas, querem participar.

A segunda constatação foi a de que o asco pelos partidos e pelos políticos era um sentimento transversal em todas as pessoas, em todos os cartazes, palavras ordem ou conversas entre as pessoas.

È claro que, se quisermos ser racionais, não somos capazes actualmente de perspectivar alternativas para a democracia sem partidos, no sentido de organizações capazes de exprimir as opiniões, sentimentos e necessidades das pessoas relativamente à forma como a polis deve ser dirigida. Mas temos de admitir que é possível encontrar outras formas de atingir os mesmos objectivos, quer mudando as características que, no presente, definem a estrutura, organização e modos de actuar dos partidos, quer encontrando outras formas de organização das vontades e aspirações dos povos.

Já no que se refere aos políticos, o sentimento geral  é de nojo, raiva, desprezo  e complementado pela ideia de que podemos bem prescindir deles enquanto profissão e corporação.

Fala-se muito nos funcionários públicos, nos professores, nos militares como corporações só interessadas no seu umbigo e vivendo às custas do orçamento, quando a corporação que mais suga nas veias do país é precisamente as dos políticos profissionais organizados em partidos.

Para fazer política não são precisos políticos, mas cidadãos que se disponibilizem a trabalhar para a polis, sem se tornarem políticos profissionais. Para isso o trabalho político terá de ser remunerado, mas sempre temporário, por períodos limitados e do qual, embora resultam satisfação e benefícios pessoais estes  não ultrapassem os limites determinados pela lei e pela ética.

À margem. Encontrei alguns camaradas o que me confortou e me confirmou que os valores que nos levaram, em 1974, a romper com o regime político então vigente, não adormeceram à sombra das carreiras e vidas instaladas.