quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A Propósito do Juramento de Bandeira

Qual o propósito desta imagem?

Não resisti a reproduzir uma notícia publicada hoje no diário Meia Hora sobre o Rebde da Guarda em Pequim. E o que diz a pequena notícia?

Peço vénia para reproduzir. "Mais um dia nas portas de Tiananmen. Ao contrário dos colegas (brrr!) portugueses, os militares chineses estão a ver os seus salários aumentados e novas regalias, iniciativa governamental que visa criar uma Forças Armadas mais profissionalizadas e motivadas."

Depreendo que as iniciativas governamentais potuguesas se destinem a criar umas forças armadas mais amadoras e desmotivadas.

Parece-me que o estão a conseguir!

Eu, por mim continuo a pensar que se mantém verdadeiro o juramento de 9 de Novembro de 1965: "Juro defender a Pátria e as suas instituições ..., mesmo com sacrifício da própria vida"!

Qualquer que seja a organização política adoptada, a Pátria continua a ser a mesma. E espero que as suas instituições se mantenham democráticas.

E hoje fico-ma por aqui. A preguiça permita e voltarei ao tema. Tenham uma muito boa noite!

A PROPÓSITO DO JURAMENTO

O Oceano MPM, em escrito de hoje, relembrou o dia do nosso Juramento de Bandeira. Já lá vão 42 anos que agora se verifica terem passado num instante, mas durante os quais muita coisa se passou e mudou neste nosso País. E o MPM levanta algumas questões de fundo. Se me permitem, eu levanto a seguinte.
Se lermos o que diz a Constituição no seu Título IX – Defesa Nacional, verificamos:
- No nº 1 do Art 275º - “Às Forças Armadas incumbe a defesa militar da República”
- No nº 1 do Art 276º - “A defesa da Pátria é dever fundamental de todos os portugueses”
Embora este texto tenha sido escrito em 1976 o certo é que as várias revisões entretanto ocorridas em nada alteraram estes preceitos. Ou seja, pela Pátria não será obrigatório dar o corpo ao manifesto, mas por uma certa forma de organização da comunidade já o é. Ou será que o conceito de Pátria não é mais nobre e abrangente que o de Républica. E não me venham com aquela de que Républica quer dizer Nação. Eu sei que a língua portuguesa é muito traiçoeira mas por alguma razão o texto fundamental não usa a mesma palavra em artigos diferentes.
Assim sendo, será perfeitamente de admitir que o juramento já não obrigue ao “sacrifício da própria vida” e também é natural que se caminhe para uma cada vez maior importância e abrangência de missões da GNR.
As Chefias da FA’s ficaram muito incomodadas quando houve a pretensão de dar 4 estrelas ao Comandante da GNR, mas nunca as ouvi, ao longo deste 30 anos que leva o texto constitucional, dizer que seria necessaário não deixar as FA como simples garante duma "forma de governo" (tirado do dicionário).
A vida está difícil, não haja dúvida !

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

42 ANOS

Fez no dia 9 de Novembro , p.p. , 42 anos que juramos bandeira na nossa casa , na nossa Escola , na nossa terra , na nossa Pátria.
Juramos uma coisa que já não está na constituição. O que lá está é que Portugal é uma Republica e o que nós juramos foi defender a nossa Pátria , a Nação Portuguesa.

Quando juramos , os militares eram considerados os legítimos defensores do País e para isso eram-lhes exigidos sacrificios , que incluiam a vida.

Hoje , os militares , esses mesmos que juraram e sacrificaram a vida e a saúde e , com serviço e missão defenderam os valores que Portugal lhes pedia , são quase a esclerose da sociedade , algo para esquecer e , brevemente , para rir.
Será assim o 9 de Novembro um dia alegre ou triste?

Bom dia Nunes da Cruz!

Pequena “vingança” !!!
Como bom “penico”, assumiste a tarefa de lembrares no aniversário de cada um de nós, que passaram mais 365 dias por cima das nossas carcaças, lembrança que naturalmente é aproveitada por uns quantos fiéis OCeanos para reforçar a amizade que nos une.
Pois hoje meu caro Cruz, sou eu que venho lembrar o teu aniversário e deixar-te aqui um grande abraço com os desejos de que continues por muito tempo a dizer aos restantes que estão um ano mais velhos…

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Santos Roque



Os abraços da praxe que hoje receberias se continuasses entre nós, não vão deixar de te chegar, porque continuas na nossa memória.
Aqui ficam, com saudade.

Sousa Pinto

Embora com um dia de atraso, a memória da tua pessoa não podia ficar sem resposta à chamada dos aniversários natalícios.

Também cedo partiste, mas a tua lembrança continua forte no OC.
O abraço que hoje todos nós gostaríamos de te dar pessoalmente se cá estivesses, aqui fica.
Estou certo de que, estejas onde estiveres, com o teu sorriso que bem conhecemos, estarás a dizer: “Olha-me p’ra m’estes!”

COISAS BOAS

Fui ouvir , Sabado à noite , a "Alma de Coimbra" , mini-orfeão constituído pelos dissidentes do tradicional conjunto dos "Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra".


Gostei muito.
Mas não se compara ao antigo.
Podem comprar um disco , o "Em cantos" ,por exemplo , acompanhados pela London Philarmonic Orchestra , gravado em Londres , com organização de textos de José Niza e arranjos musicais de José Calvário.
É pôr o CD e ouvir infinitamente.

sábado, 17 de novembro de 2007

Brás Mimoso


Na formatura do tempo, a chamada é cíclica para aqueles que vão teimando em marchar em frente. E no pelotão do OC, hoje ouve-se o teu “Presente!”. Que o oiçamos por muitas e muitas outras vezes, com a boa disposição e filosofia de vida peculiar contagiante com que nos habituaste, é o que te desejo num grande abraço.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Certificação e improvisação

O recente acidente de helicóptero em que faleceu o piloto durante o combate a um incêndio veio levantar a questão da certificação dos pilotos de aeronaves e da responsabilização pelas qualificações requeridas para todo o pessoal navegante, o que podemos estender também ao mar. Empresas idóneas como a TAP formam os seus pilotos e qualificam-nos segundo padrões aprovados pelo INAC, a Força Aérea e a Marinha fazem-no igualmente e certificam os seus pilotos segundo padrões cuja responsabilidade final pertence ao Estado. No caso vertente, uma empresa acabada de formar, ainda em processo de licenciamento como operador de trabalho aéreo pelo INAC e com o programa de treino dos pilotos em fase de aprovação, emprega um dos seus contratados para uma missão para a qual alegadamente não estava certificado. Vem a público também que o próprio helicóptero só tem estado a operar porque foi declarada aeronave do Estado, o que o isenta (!) de determinadas obrigações!
O cenário parece claro: É preciso dar uma resposta rápida no combate aos incêndios. Forma-se uma empresa, contrata-se pessoal e compram-se as aeronaves, tudo à pressão porque é preciso apresentar resultados. É a Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea que vem lembrar aos responsáveis dos operadores aeronauticos que "devem sempre saber resistir às pressões de natureza económica e política que sobre eles recaírem".
Desejavelmente o inquérito dirá como tudo isto se conjugou para que se desse o acidente.
O rigor que compreensivelmente se aplica na navegação aérea deveria sê-lo também na navegação marítima, no entanto não é isso que se verifica. É com espantosa facilidade que se obtém uma Carta de Navegador de Recreio, a Escola de Pesca e de Marinha de Comércio está em vias de extinção, forças de segurança navegam pelos rios e pelo mar sem que se lhes conheça uma escola! Alguém se admira que haja acidentes? Claro que depois a culpa é da Marinha que não salvou os naufragos a tempo.

Bush e o Português Língua Segunda

Para quem não viu aqui está ... de notar os aplausos finais!!!

Loureiro de Sousa



Outro dos de há muito ausentes.
Mas hoje é dia de relevação destas faltas e de te endereçar um abraço de parabéns pelo teu aniversário.
Que contes muitos outros é o que te desejo.
Quem souber do teu paradeiro, que faça o favor de te informar dos nossos encontros e para eles te convocar.

Pinto Machado



Um abraço de parabéns neste dia do teu aniversário.
Que contes muitos outros com plena saúde, que a vivacidade e alegria de viver não te faltem e que as continues a partilhar connosco nos almoços e no blogue, é o que te desejo.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

O HOSPITAL DA MARINHA É NOSSO?

É sim Senhor , de todos , independentemente da situação em que estejam.

São palavras escritas , a mim , pelo Senhor Almirante CEMA , em simpática resposta que deu à exposição que fiz sobre a recusa do serviço de estomatologia do Hospital de Marinha em atender os Reformados.

O Director do Hospital também me falou , dizendo " que houve uma deficiente forma de comunicação , e que só serão adiados os casos de tratamentos ou consultas de rotina.
Os Reformados , pelo seu elevado número , foram , ou são , neste caso os prejudicados até porque são muitos....."

Pois podem ser muitos , mas foram , e são , os que maior nome e glória deram á Marinha.
A resposta , porém , do Almirante CEMA é que me parece a que eu esperava ter.
E será a que vou seguir.

Temos CEMA

Amanhã... faz anos

José Saramago

José Saramago nasceu a 16 de Novembro de 1922, em Azinhaga, no concelho da Golegã.
Ficcionista, cronista, poeta e autor dramático, foi o primeiro autor português distinguido com o Prémio Nobel da Literatura, em 1998, consagrando o prestígio das letras portuguesas contemporâneas além-fronteiras.
Figura de primeiro plano da literatura contemporânea nacional e internacional, a sua obra encontra-se traduzida em diversas línguas, sendo objecto de vários estudos académicos. Revelou-se como poeta com a colectânea Os Poemas Possíveis (1966), a que se seguiria Provavelmente Alegria (1970), desenvolvendo, simultaneamente, uma longa experiência como cronista, coligida nos volumes Deste Mundo e do Outro (1971), A Bagagem do Viajante (1973), As Opiniões Que o D. L. Teve (1974) e Os Apontamentos (1976).
Destes dois registos fez o campo de ensaio, para, com 44 anos, encetar uma amadurecida carreira de romancista, que deixaria para trás experiências ficcionais ainda não suficientemente reveladoras, como Terra de Pecado, de 1947.
Manual de Pintura e de Caligrafia e Levantado do Chão são os dois primeiros títulos de uma actividade romanesca que, concebida como registo privilegiado para uma interrogação sobre a relação entre o homem e a História, entre o individual e o colectivo, entre o escritor e a sociedade, nos anos 80, conhece um sucesso fulgurante, junto do grande público e da crítica especializada.
É durante esta década que publica os títulos que o celebrizaram, como Memorial do Convento (1982), O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984) ou A Jangada de Pedra (1986).
Posteriormente publicou outras obras, de entre as quais merecem menção História do Cerco de Lisboa (1989), O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1992), Ensaio sobre a Cegueira (1996), Todos os Nomes (1997), A Caverna (1999), Ensaio sobre a Lucidez (2004) e As Intermitências da Morte (2005).
A bibliografia de José Saramago abrange ainda textos teatrais (Que Farei Com este Livro, A Segunda Vida de São Francisco, In Nomine Dei, Don Giovanni ou o Dissoluto Absolvido), o registo diarístico encetado com a edição de Cadernos de Lanzarote e ainda uma breve incursão à literatura infanto-juvenil com A Maior Flor do Mundo, de 2001, livro escrito em parceria com o ilustrador João Caetano, que acabou por receber o Prémio Nacional de Ilustração atribuído nesse ano.
José Saramago, comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada desde 1985 e cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras Francesas desde 1991, tem recebido ao longo da sua carreira numerosas distinções. Para além do prémio Nobel, foi galardoado, entre outros, com: o Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa, em 1991; o Grande Prémio Vida Literária, atribuído pela APE, em 1993; o Prémio Camões, em 1995; e o Prémio de Consagração de Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores, em 1995. Em 1999 foi doutorado Honoris Causa pela Universidade de Nottingham, em Inglaterra; em 2000 pela Universidade de Santiago, no Chile; e, em 2004, pela Universidade de Coimbra, em Portugal, e pela Universidade de Charles de Gaulle-Lille III, em França.

A defesa da língua portuguesa volta a atacar

No "Público" de hoje, em artigo publicado numa das últimas páginas, cito de memória o que dizia o nosso conceituado constitucionalista e ex-oficial da RN Jorge Miranda:

1 - O sr. Ministro Mariano Gago, sugeria (ou propunha ?), num encontro de altos responsáveis, que os segundos ciclos dos mestrados Bolonha, fossem feitos em inglês.
2 - As sessões do Conselho Científico da Faculdade de Economia da Universidade Nova, eram realizadas em inglês.

Será de acreditar, mesmo vindo a notícia de quem vem?

Se assim fôr, será que não há quem, mesmo pestilento, tenha mão no desprezo galopante por este nosso património cultural que intansigentemente devíamos defender "dentro"e até promover "fora" que é a nossa língua? Ou será que já não lhe reconhecem dignidade suficiente para lhe suster o cinto das calças?