segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Contas... (Réplica ao soneto publicado em 1.2.2015)

Da autoria de frei Castelo Branco, frade arrábido do sec. XVII:

Deus nos pede do tempo estreita conta 
é forçoso dar conta a Deus do tempo!
Mas como dar, do tempo, tanta conta
se se perde sem conta tanto tempo?!

Para fazer, a tempo, minha conta
dado me foi, por conta, muito tempo.
Mas não cuidei no tempo e foi-se a conta, 
eis-me agora sem conta... eis-me sem tempo

Oh vós, que tendes tempo e tendes conta,
não o gasteis, sem conta, em passatempo,
cuidai, enquanto é tempo, em terdes conta 

Ah ! se quem isto conta do seu tempo 
tivesse feito, a tempo, apreço e conta,
não chorava, sem conta, o não ter tempo   


Abraço do E. Gomes   

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Exposição

Tenho uma exposição a decorrer em Cascais, na Casa do Largo, restaurante 5 Sentidos, junto à igreja matriz. No sábado pelas 1700, ofereço um copo e umas nozes a quem comparecer para um convívio.

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Mais comandantes?

Aparece agora na imprensa que a questão de os enfermeiros virem a ser oficiais está em vias de resolução. Ao que dizem, a carreira do enfermeiro vai até coronel ou capitão de mar-e-guerra! Pergunto ingenuamente, para que serve ou quem quer um enfermeiro capitão de mar-e-guerra? É óbvio que a partir de capitão-tenente não porão mais os pés numa botica e irão para uma qualquer secretária empurrar papel com a barriga até à hora de dar o salto e ir lá para fora tratar dos negócios das injecções. Também nos navios pequenos quererão um camarote que não existe e, ainda, que sendo agora doutores, não queiram embarcar por ser um desperdício de competências ou, eventualmente, serem mais antigos do que o comandante. Vejo ainda problemas de escala, quando o médico tiver um posto inferior ao enfermeiro, quer a bordo, quer em terra. Enfim, não são problemas que um competentíssimo director-geral de recursos não possa resolver.
E como será o seu tratamento? Sr. comandante, como a maioria dos bombeiros e protecção civil? E como será a cor do fundo dos galões?
É caso para recordar a anedota do grumete que entra na botica e diz: Sr. comandante dê-me a injecção.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Almoço OC (10Fev15) visto pelo ARC


Este repórter fotográfico (o ARC) pretende assinalar os treze valentes que desafiaram a manhã invernosa, o vento frio e a baixa temperatura.



a) Para ampliar as imagens, "clicar" sobre elas;
b) Para ver as imagens individualizadas e transferíveis podem seguir esta ligação.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Almoço OC (10Fev15) visto pelo JTA




Chama-se a atenção para as seguintes duas imagens que mostram o sentido de oportunidade do fotógrafo. 


A da esquerda mostra o momento exacto em que o OTO se vai transformar em Velho do Restelo ... a da direita representa o resultado da queda de geada e da forte ventania que se tem vindo a verificar nestes friorentos dias de Fevereiro.

a) As imagens podem ser ampliadas ("clicar" sobre elas);
b) Para aceder às imagens individualizadas e transferíveis podem seguir esta ligação.

Almoço OC (10Fev2015)

Mais uma almoçarada no sítio do costume ... desta vez foram "Migas com entrecosto". Junta-se fotografia do produto, para apreciação pelos ausentes. As melhoras para o Manel ... espero que este OCeano nos possa voltar a fazer companhia o mais rapidamente possível.



a) As imagens podem ser ampliadas se "clicarem" sobre elas;
b) Para ver as imagens individualizadas e transferíveis podem seguir esta ligação.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

GEOPOLITICA

O número tem vindo a aumentar, mas ao fim de uns quantos milhares ou milhões de mortos, o fim das guerras começa às portas daqui.  Obama e Merkel terão estudado História?

Síndrome de Guillain-Barré

Este senhor, Georges Guilliain, juntamente com outros, atacou o nosso Manuel Maria, NÃO PASSARÃO!

sábado, 7 de fevereiro de 2015

AUTOCRITICA

  

Afinal o interlocutor do MS estava devidamente autorizado a estar no local . Espero que após verificação de segurança!

Mais uma do grande Aleixo

CARLOS ALBINOQuadra inédita de Aleixo

A situação foi-me descrita, já lá vão uns bons anos, por quem ouviu relato direto. Volta e meia contei o caso em alguns sítios e em certa ocasião, também já lá vai tempo, tive a sensação de que uma quadra que Aleixo de repente atirou a quem ele julgou que a merecia, estava desatualizada, completamente fora do contexto e que pertencia à pré-história de um país cuja mentalidade era suposto que tivesse sido reformada. Esta semana, nem sei porquê, a quadra de Aleixo subiu à memória e, para espanto meu, está atualizada em função do que ouço, do que vejo e, mais importante, do que sinto – aquilo que por vezes a gente ouve e vê trai ou atraiçoa o que sente. Ora, verifico que essa quadra do genial Aleixo não trai nem atraiçoa. Vamos ao caso.
Estava Aleixo a trabalhar nos jardins da Quinta do Alto, quando a viúva de Júdice Fialho recebeu no palácio farense o poeta António Botto. No meio de um almoço, a viúva anfitriã comentou para Botto que “temos aí um homenzinho simples a trabalhar no jardim que dizem ser poeta”. Boto não hesitou em solicitar a presença do homenzinho. A viúva, no receio do homenzinho sujar o salão e estragar a solenidade do repasto, resistiu mas Botto levou a melhor e o homenzinho foi chamado. Aleixo entrou com o chapéu na mão, olhou, olhou, nada disse. A viúva repreendeu-o: “Então, Aleixo, não dizes nada? Diz uma dessas tuas quadras para este senhor ouvir”. E Aleixo, nada. “Fala! Não sejas malcriado!”. Aleixo, nada, e cada silêncio com o olhar a fixar os nutridos pratos mais enfurecia a viúva Fialho já disposta a expulsar o homenzinho do salão. Então Botto decidiu atalhar observando que Aleixo talvez se sentisse envergonhado e daí o seu silêncio. “Aleixo, fala!”, voltou a viúva à carga. Para evitar o desfecho previsível da cena, Botto dirigiu-se a Aleixo nestes termos: “Caro colega. Peço-lhe que me diga uns versos seus que é a melhor forma de nos conhecermos”. Parce que estas palavras convenceram Aleixo que levantou o rosto, fixou os olhos da viúva e disse num daqueles seus repentes:
“Anda toda esta canalha,
De banquete em banquete,
Enquanto o Povo que trabalha
Come o caldo sem azête.”
 Sei que, dito isto por Aleixo, Botto fez questão de passear com ele pelos jardins, com a viúva a observá-los pelos vidros da janela. Creio que. além da quadra, a figura da viúva está atual. Anda por aí.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

TERRORISMO


No dia em que se anuncia a alteração a oito diplomas, fundamentais para  o combate ao terrorismo, diz-se, um individuo consegue infiltrar-se na AR, entrar numa sala das Comissões e gritar "Senhor Ministro salve-me". Olha se ele grita "Morra Senhor Ministro" e o concretizava?  Não seria melhor começar por dignificar as Forças Armadas e as de Segurança?


NRP Cacine

O NRP Cacine está no estaleiro. Não no Arsenal, que está um grande granel, mas na indústria particular. Feito o diagnóstico, inicia agora um longo período de fabricos, após o que ficará pronto para mais e melhores navegações.
Desejamos-lhe uma rápida e segura recuperação.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Contas...

Para amenizar um pouco o blogue e declarando desde já que qualquer semelhança com a realidade portuguesa é a mais pura das coincidências, aqui fica o registo de alguém que, sem apetência para as ditas e embora aflito por mor delas (ou melhor, por falta delas), não perdeu o sentido de humor.
 
O tempo de si mesmo pede conta,
Porque chega da conta o breve tempo.
Mas quem gastou sem conta tanto tempo
Como dará, sem tempo, tanta conta? 

Não quer levar o tempo tempo em conta,
Pois conta se não faz de dar-se o tempo,
Quando só para a conta houvera tempo
Se na conta do tempo houvesse conta. 

Que conta pode dar quem não tem tempo?
Em que tempo dará quem não tem conta?
Que a quem a conta falta, falta o tempo. 

Agora sem ter tempo e sem ter conta
Sabendo que hei-de dar conta do tempo
Vejo chegado o tempo de dar conta. 

Soneto com data de 1790 com o qual um frade administrador de uma fazenda de gado na ilha de Marajá (Estado do Pará – Brasil) respondeu ao Geral da Ordem, que o intimara a prestar contas em prazo de tempo por lhe ter constado que ele as não tinha muito regularizadas. 
Copiado de um livro velho sem capa nem rosto, ignorando-se portanto o autor.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Demissão na Polícia Marítima

Com o arrazoado do costume o tal Freire do Diário de Notícias vem anunciar que o ministro Branco demitiu o Comandante-Geral da Polícia Marítima. A justificação é uma baralhada de histórias e acusações do costume que nos deixa sem saber o que se passou. É melhor tentar averiguar junto da Marinha.
Uma coisa que o tem excitado muito, ultimamente, é ter o CEMA constituído um grupo de trabalho para elaborar um projecto legislativo sobre um qualquer problema da Autoridade Marítima, o que, alega ele, é competência do governo. Mas não é o governo que encomenda  as leis aos escritórios de advogados? Aqui ao menos não se gasta dinheiro.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A Mula



Parece que a Mula se finou hoje. Vem no DR o enterro. Nasceu uma coisa chamada MM- Gestão Partilhada, E.P.E.